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As indenizações, os resgates, os benefícios e os sorteios pagos pelo setor de seguros somaram R$ 450,5 bilhões em 2022, o equivalente a 5 vezes o orçamento do Auxílio Brasil para todo o ano passado, que foi estimado em R$ 90 bilhões.
Os números, calculados pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), representam um volume 13,1% maior do que o ano anterior.
Os dados mostram ainda que a demanda do setor de seguros , excluindo o DPVAT, apresentou avanço de 11,7% no ano passado na comparação com 2021, com R$ 618,7 bilhões em arrecadação.
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Já no primeiro trimestre deste ano, os dados mostram que o setor de seguros pagou aproximadamente R$ 60 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios, valor 1,2% maior do que no mesmo período de 2022.
Queda no seguro rural
O resultado é reflexo da queda de 15,8% nas indenizações pagas por danos e responsabilidades no período, impulsionada pela redução de 70,3% nos pagamentos do seguro rural, o que representa R$ 4,4 bilhões a menos.
Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, a queda no pagamento de indenizações no primeiro trimestre deste ano foi muito impactada pelo comportamento do mercado em 2022.
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“Naquele ano, a seca severa registrada durante a safra 2021/2022 fez com que as indenizações pagas pelo seguro rural aumentassem em relação à safra anterior”, explicou.
Por outro lado, no mesmo período, os segmentos de coberturas de pessoas e de capitalização mantiveram o crescimento consistente de 9,2% e 6,7%, respectivamente, no volume retornado aos seus clientes.
Em termos de procura pelos produtos do setor, a evolução no primeiro trimestre foi 10,1% maior, somando R$ 90,4 bilhões em arrecadação. Somente em março, o avanço da demanda foi de 9,6% sobre 2022, com um total de R$ 32,2 bilhões arrecadados, com destaque para:
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- marítimos e aeronáuticos (+114,1%);
- riscos de engenharia (103,0%);
- seguro condominial (+32,5%);
- responsabilidade civil (+31,6%);
- e seguro automóvel (+24,1%).
Ainda em março, as indenizações somaram R$ 21,2 bilhões, alta de 5,5%. O seguro condominial foi um dos que registrou o maior avanço (+17,3%), quando comparado ao que foi pago no mesmo mês em 2022.
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Potencial de crescimento
“Para alcançar esses objetivos, temos trabalhado em várias frentes para tornar o setor mais bem compreendido pela população, pela sociedade organizada e pelos governos. Importante mostrar que o seguro é um serviço único, capaz de oferecer soluções para os mais diversos anseios da sociedade e das economias modernas”, diz o representante da CNseg.
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Um dos projetos, lançado recentemente, foi o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), que tem o objetivo de aumentar em 20% a parcela da população atendida pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB (Produto Interno Bruto) para 6,5% do PIB.
Oliveira estima que, como consequência da implementação do plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030.