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O Real Digital poderá ser testado no fim de 2024 pela população, se o projeto-piloto tiver sucesso, afirmou Fabio Araújo, coordenador da iniciativa no Banco Central, no primeiro fórum do RD, promovido na tarde desta segunda-feira (26) pelo BC.
“Pretendemos atingir um grau de maturidade para, no final de 2024, abrir para os testes com a população, mas isso condicionalmente ao projeto piloto e os testes privacidade”, disse Araújo. Sem mais detalhes, ainda não fica claro como esses testes podem funcionar, qual parte da população poderia ter acesso, quais ativos estariam disponíveis para os testes, entre outras questões.
Durante o fórum, o coordenador do RD apresentou um cronograma atualizado do Real Digital.
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“A estrutura base está desenhada e agora vamos trazer os participantes para rede de testes a partir de julho. Até meados de agosto teremos os participantes com nós implementados e fazendo testes com contratos do real tokenizado e títulos públicos federais”, disse Araújo. “Nó” é o nome técnico para a infraestrutura necessária criada pelas instituições financeiras para se conectarem na rede dos testes do Real Digital.
Depois, a partir de setembro os testes de privacidade vão começar e o objetivo é encontrar de duas a três soluções para a estrutura do piloto. “As soluções serão testadas até dezembro no que se refere a real digital e o tokenizado; e até fevereiro no que se refere ao título público federal”, acrescentou Araújo durante a apresentação.
A partir disso, com um panorama sobre o funcionamento da privacidade na rede e a certeza de que os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estão sendo garantidos pela infraestrutura, o BC vai avançar o projeto para uma fase de incorporação de novos protocolos, como a dos testes com a população. “Será uma fase posterior, para além do escopo definido no piloto”.
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Veja um slide da apresentação:
Os testes do Piloto RD vão funcionar com transações (de emissão, negociação, transferência e resgate) e clientes simulados e vão durar até março de 2024. Inicialmente, a lista foi pensada para 10 instituições, mas o BC decidiu incluir mais participantes. Os testes vão durar até março de 2024.
O piloto é um ambiente colaborativo para testes e desenvolvimento com tecnologia DLT (Distributed Ledger Tecnology), de registro distribuído para operações com o Real Digital. O foco é testar a infraestrutura e a privacidade das informações que vão transitar na rede. Vale lembrar que a “estrutura” (banco de dados) mais conhecida com base na tecnologia DLT é a blockchain. No piloto, a escolhida foi a plataforma Hyperledger Besu, uma rede blockchain baseada no ecossistema do Ethereum.
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Três categorias de ativos
O BC está trabalhando no desenvolvimento de uma plataforma para operações de Real Digital com base na tecnologia DLT, de registros distribuídos, muito conhecida no mundo dos criptoativos: a mais famosa é a blockchain.
“A primeira diretriz [para o desenvolvimento do CBDC nacional] é a utilização de uma plataforma de registro distribuído que permita o registro de ativos de diversas naturezas, um DLT multiativo”, diz Araújo.
O BC vai registrar três categorias de ativos neste ambiente:
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- Real Digital: para o atacado ou interbancário; moeda do Banco Central, que hoje os análogos são as reservas bancárias ou as contas de liquidação;
- Real Tokenizado: para o varejo; versões tokenizadas do depósito bancário; que é o dinheiro em sua versão digital do que a pessoa física tem no banco;
- Títulos do Tesouro Direto: possibilidade de compra e venda de títulos públicos federais (TPF) no mercado primário e secundário.
Embora o Real Digital ganhou força como nome mais conhecido da versão virtual do dinheiro, o BC deu nomenclaturas específicas diferentes para separar o funcionamento de cada ativo no ambiente digital que está sendo criado.
16 participantes
O BC recebeu 36 propostas de interesse na participação do Piloto RD, entre candidaturas individuais e consórcios de entidades, totalizando mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros.
O Comitê Executivo de Gestão (CEG) selecionou inicialmente 14 empresas e consórcios e na última semana adicionou mais duas participantes (Caixa e Mercado Bitcoin). Veja que são, conforme as regras previamente definidas no regulamento do piloto:
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- Bradesco, Nuclea e Setl
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- Caixa, Elo e Microsoft
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- Consórcio ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
- MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial
- Banco do Brasil
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