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Só deu ele nos últimos dias: o FGTS foi o assunto do momento.
Mas antes de falar da rentabilidade, vamos relembrar que o FGTS foi criado para dar estabilidade financeira aos trabalhadores formais, aqueles com carteira assinada.
Por isso, os recursos são depositados mensalmente pelos empregadores numa conta da Caixa, algo como uma “poupança forçada”, com um rendimento fixo de 3% ao ano mais a variação da TR, a Taxa Referencial, que passa boa parte do tempo zerada.
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Quando a taxa de juros está lá embaixo, como foi o caso de 2021, a rentabilidade do FGTS supera a de aplicações conhecidas, como o Tesouro Selic. Mas, com o aumento da taxa de juros, o FGTS voltou a perder até para a poupança, que está rendendo 6,17% ao ano mais a TR.
Nos últimos 20 anos, de janeiro de 2002 a maio deste ano, os recursos mantidos no fundo de garantia renderam 136%. Mas quem já tinha depósitos nesse tipo de conta naquela época, teve a possibilidade de mudar uma parte da rentabilidade dessa poupança forçada.
É que em 2000 e em 2002, os trabalhadores puderam destinar até 50% dos recursos depositados na Caixa para os chamados Fundos Mútuos de Privatização (FMP), que são fundos de investimentos em ações de empresas estatais em processo de… (adivinha?) privatização ou capitalização. No caso, a Vale e a Petrobras.
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Lembra daqueles 136% de rendimento do FGTS em 20 anos? Quem aproveitou as chances de investir em ações da Vale e da Petrobras com o dinheiro do fundo teve retorno de 2.235% e de 649%, respectivamente. Nada mal, né?
Esta semana, os trabalhadores puderam escolher destinar até 50% do saldo no FGTS para os FMP da Eletrobras. O prazo acabou na quarta-feira (8) e, se você preferiu não mexer no saldo na Caixa, pode escolher investir nessa empresa (e em muitas outras) direto pela Bolsa de Valores mesmo.
Confira e compare o retorno acumulado do FGTS nos últimos 20 anos com os Fundos Mútuos de Privatização da Vale e da Petrobras no nosso GRÁFICO DA SEMANA.
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