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A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (7), uma operação contra criminosos que fingiam ser ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aplicar golpes por meio do Pix, a ferramenta de transação instantânea criada pelo Banco Central.
O esquema foi descoberto quando alguns ministros de Estado do atual governo procuraram a polícia para comunicar a prática criminosa que usava os seus nomes. A investigação começou na 5ª DP (Distrito Policial localizado na região central de Brasília) e durou cerca de seis meses.
Os nomes dos ministros envolvidos não foram divulgados pela polícia. Nesta terça, a operação “Alto Escalão”, como foi batizada pela Polícia Civil do Distrito Federal, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Recife (PE) e mais um em João Pessoa, na Paraíba, “para a colheita de novas provas e informações visando o aprofundamento da investigação.”
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Entenda o esquema criminoso
Segundo as investigações, a associação criminosa cooptava vítimas se passando por autoridades do primeiro escalão do governo Lula, especialmente por ministros de Estado, “clonando” perfis de aplicativos de mensagens, utilizando suas imagens, nomes e informações colhidas em fontes abertas.
Dessa forma, os autores entravam em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados e solicitavam ajuda. Geralmente, com o pretexto de ajudar terceiras pessoas, os falsos ministros contatavam as vítimas e lhes pediam que realizassem transferências via Pix para alguma pessoa necessitada.
Os autores diziam que os ministros não poderiam transferir diretamente, pois não poderiam vincular seu some a tal pessoa e que depois de feito o pagamento solicitado, eles ressarciriam a vítima.
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Em um dos casos, se passando por um ministro, os autores contataram o presidente de uma associação comercial, sediada no interior de São Paulo, dizendo que estavam com uma demanda na cidade vizinha. Em seguida, disseram que uma pessoa ligada ao falso ministro teria falecido naquela cidade e que precisaria passar alguns recursos financeiros para a família, mas não conseguia efetivar a transação financeira. Dessa forma, pediu para que alguém da associação fizesse por ele com a promessa de que, logo, haveria o ressarcimento.
Os autores tinham conhecimento da agenda das autoridades públicas pelas quais se passavam, pois, tal ministro teria tido um compromisso político naquela mesma região, dias antes, e a associação comercial vítima teria participado do encontro.
A partir da operação desta terça, os policiais tentam identificar o número de vítimas enganadas e de autoridades públicas utilizadas pelo grupo criminoso, como também quantificar o total de lucro obtido com os crimes perpetrados e o destino dado a tais valores.
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A Polícia Civil do Distrito Federal diz que identificou 10 suspeitos e que eles são investigados pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa. Para cada fraude cometida, a pena prevista é de quatro a oito anos de prisão. A pena pelo crime de associação criminosa é de um a três anos de prisão.
(Com informações da PCDF)