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A Receita Federal afirma que recebeu vários relatos de golpes envolvendo empréstimos com pagamentos via Pix. O alerta foi divulgado nesta quinta-feira (30).
De acordo com o órgão, as supostas empresas de crédito condicionam a liberação do valor do empréstimo ao pagamento antecipado do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ou seja, para a vítima ter acesso ao valor emprestado precisa pagar IOF e outras taxas que, na verdade, não existem.
Os estelionatários mostram notificações e documentos de arrecadação da Receita falsos para convencer as vítimas a recolher essas taxas para a liberação do dinheiro.
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Como as vítimas geralmente estão precisando dos valores, efetuam os pagamentos das supostas taxas ou IOF. Os golpistas pedem para que os valores sejam transferidos via Pix para contas de pessoas físicas.
“Trata-se de golpe, já que a Receita Federal não fornece dados para recolhimento de tributos ou taxas via transferência”, informa o órgão em nota.
O golpe é mais um dentre vários que vêm acontecendo com cada vez mais frequência no país. De janeiro a maio deste ano, foram mais de 3,4 milhões de tentativas de golpes financeiros no Brasil. Isso corresponde a uma média de 22.5 mil detecções por dia, mais de 930 por hora e 15 por minuto, segundo dados da PSafe, empresa de segurança digital.
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Leia também: Como cancelar um Pix ou reaver o valor? Veja o que é possível em 6 respostas
Como se proteger?
Empréstimo legais e regulares não cobram pagamentos antecipados, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas.
Por isso, antes de solicitar um empréstimo, confira se a instituição é autorizada pelo Banco Central a trabalhar com crédito. Além disso, é possível pesquisar sobre a reputação da empresa em sites como Procon ou o Reclame Aqui, confirmando CNPJ e atendimento da empresa envolvida.
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Além disso, a Receita Federal lembra que o recolhimento do IOF é feito apenas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), pago pela entidade que fornece o crédito e não pelo contribuinte.
“Os servidores da Receita não prestam serviços de empréstimos à população e nem entram em contato para cobrar esses tipos de taxas”, diz a Receita em nota.
Caso haja suspeita de golpe, a orientação do órgão é registrar um boletim de ocorrência com a polícia, fornecendo todas as provas possíveis.
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Neste caso, o Pix é apenas uma ferramenta dentro do golpe pela característica da transação: é instantânea. De qualquer maneira, é preciso se proteger e evitar tomar algumas atitudes que possam gerar prejuízos. Veja algumas dicas compartilhadas pela PSafe:
- Nunca faça uma transferência, nem realize pagamentos de emergência sem saber ou confirmar a real identidade;
- Evite clicar em links para fazer uma transferência;
- Procure duvidar mais das informações compartilhadas na internet, principalmente quando se tratar de supostas promoções, brindes, descontos ou propostas boas demais para serem verdade;
- Restrinja a visualização do seu perfil nas redes sociais apenas para pessoas conhecidas e oculte sua foto do WhatsApp (há uma opção para que apenas seus contatos vejam a foto). Para isso, vá nas configurações do aplicativo, selecione “conta” e depois “privacidade”. Em “foto do perfil”, selecione a opção “meus contatos”;
- Desconfie de todos os links compartilhados via troca de mensagem e redes sociais.
- Ao fazer um Pix, cadastre a conta recebedora no aplicativo do seu banco para evitar movimentações para chaves inseguras.
*Com informações da Agência Estado.