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Os últimos dias de funcionamento do McDonald’s na Rússia foram marcados por filas de pessoas para entrar nas unidades, de carros nos drive-trhus, e funcionários cantando em forma de despedida enquanto trabalhavam. Houve até um cliente algemado em protesto.
As cenas inusitadas são o mais recente reflexo da saída de diversas empresas ocidentais da Rússia, que fazem uma retaliação ao ataque à vizinha Ucrânia. A lista vai de Coca-Cola ao Starbucks passando por marcas de luxo como Louis Vuitton e Hermès e da montadora Toyota e a Nike, só para citar algumas.
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A abertura de uma unidade do McDonald’s em Moscou, na década de 1990, após o colapso da União Soviética, levou multidões ao restaurante e foi um símbolo da vitória do capitalismo sobre o socialismo.
Agora, com a notícia da suspensão das operações das 847 lojas do McDonald’s no país, russos correram para degustar os últimos lanches, batatas fritas e sorvetes. Um cliente, identificado como Nikas Safronov, chegou a se acorrentar a uma unidade contra o seu fechamento (veja no tuíte abaixo).
https://twitter.com/KevinRothrock/status/1503039647739428864
Vídeos e imagens compartilhadas nas redes sociais também mostram filas enormes em drive-trhus, funcionários cantando enquanto produzem sanduíches em uma loja em São Petersburgo e até um cliente que diz ter estocado dezenas de lanches na geladeira de sua casa.
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O McDonald’s afirmou que vai continuar a pagar seus 62 mil funcionários no país, mesmo com a operação suspensa, e que não sabe dizer quando as unidades serão reabertas.
“Nossos valores significam que não podemos ignorar o sofrimento humano desnecessário visto na Ucrânia”, afirmou o executivo-chefe da companhia, Chris Kempczinski, em mensagem a funcionários na semana passada.
McDonald's employees in St. Petersburg in their last moments at work pic.twitter.com/zey2s9vQ9b
— NEXTA (@nexta_tv) March 13, 2022
O McDonald’s é dono e opera 84% de seus restaurantes na Rússia e atende a milhões de clientes por dia. O fechamento também inclui as franquias.
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A empresa detém 108 lanchonetes na Ucrânia e tem quase 10 mil funcionários no país. As lojas também estão todas fechadas, devido à invasão, mas a companhia diz que trabalha para manter os salários em dia. Rússia e Ucrânia representaram 9% da receita da companhia em 2021.
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