Em nova onda de demissões, Loft desliga mais 384 funcionários

Empresa justifica que novos cortes se somam a medidas por aumento de eficiência

Equipe InfoMoney

Ilustração mostra funcionário recolhendo itens pessoais após ser demitido
Ilustração mostra funcionário recolhendo itens pessoais após ser demitido

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A Loft, plataforma de compra e venda de imóveis, anunciou a demissão de mais 12% de seu quadro composto por 3,2 mil funcionários (384 colaboradores). A companhia justificou os desligamentos a “uma reorganização da operação”.

As demissões atingem tanto os funcionários da própria Loft, bem como de empresas adquiridas pela companhia.

“A redução do quadro de funcionários se soma a outras medidas de aumento de eficiência tomadas nos últimos meses após quatro anos de crescimento agressivo e consistente, tanto através de produtos desenvolvidos organicamente quanto via aquisições”, disse a empresa em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira (5).

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A Loft já havia demitido recentemente outros 159 funcionários da área de crédito, alegando uma realocação de pessoas diante das aquisições.

No comunicado desta terça, a empresa afirma que precisa se adequar “à nova realidade global dando passos importantes para suportar a continuação do atual ritmo de forte crescimento em seus negócios”.

Mais uma?

O caso da Loft não é único no setor: empresas como QuintoAndar, Facily, Creditas, Liv Up e Zak também demitiram funcionários nos últimos meses. E também não é uma onda nacional.

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É preciso incluir na conta companhias como a gigante do streaming Netflix (NFLX34), que demitiu cerca de 300 funcionários recentemente. A Meta (Facebook, FBOK34) também anunciou um congelamento de contratações no setor de engenharia até o final do ano devido a uma “queda generalizada” na indústria, enquanto a Uber (UBER) afirmou que fará contratações menores e mais seletivas, diante de uma “mudança sísmica” no mercado.

Empresas de tecnologia vêm enfrentando momentos turbulentos com a alta de juros, com a renda fixa tornando-se uma aplicação mais atrativa para investidores, além de instabilidades ao redor do mundo, como a guerra entre Ucrânia e Rússia.

Nesse sentido, o cenário é de redução de investimentos nas empresas, o que desacelera a captação de recursos e, por consequência, o crescimento dos negócios.

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Em 2021, a indústria do capital de risco (venture capital) movimentou US$ 643 bilhões, um salto de 92% sobre 2020. No Brasil, as startups captaram R$ 46,5 bilhões no último ano, 218% a mais do que em 2020.

Como resultado, as empresas estão se reorganizando e focando no core do negócio, abandonando projetos paralelos para manter o fluxo de caixa e reduzir custos para atravessar o momento difícil.

Auxílio aos colaboradores

Em seu comunicado, a Loft explicou que os colaboradores demitidos receberão um pacote de benefícios. Veja o que está incluso:

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A medida tenta viabilizar a continuidade da carreira dos profissionais. As contratações e folhas de pagamentos costumam gerar muitos custos às empresas, e o ritmo de contratação dos últimos anos foi acelerado. Além disso, decisões erradas na hora de lançar projetos também são apontadas como motivos para demissões concentradas no setor neste momento.

Apesar disso, especialistas afirmam que as demissões não podem virar atalhos para salvar as empresas no curto prazo. Deveria ser a última alternativa e alinhada com outros movimentos de ajustes, completam os experts consultados pelo InfoMoney.

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