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SÃO PAULO – A semana parece terminar como começou: com um pregão de tensões exaltadas entre os investidores, forte derrocada nas principais bolsas do mundo, commodities em queda e paralisação dos negócios no Ibovespa. Assim é esta sexta-feira (10), que traz a sétima desvalorização consecutiva ao índice brasileiro.
Os novos capítulos da crise se passam agora também na Ásia. A seguradora Yamato sucumbiu às pressões e requisitou falência ao governo japonês, mostrando que as turbulências começam a atingir também o outro lado do Pacífico. Na Europa, as bolsas despencam mais de 8% enquanto taxas interbancárias disparam a níveis recordes. Já em Wall Street, o clima é indefinido, com os negócios entre o campo positivo e maiores quedas.
Temores de falência por parte da GM e da Ford tomam corpo após alertas concedidos pelos analistas da Standard & Poor’s, enquanto que a Moody’s alertou para um corte no rating do Morgan Stanley. Paralelamente, a GE (General Electric) trouxe seus resultados do terceiro trimestre do ano, período em que marcou a terceira queda consecutiva em seu lucro líquido.
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Todavia, por aqui, os impactos da crise e do elevado grau de aversão ao risco se fazem ainda maiores. A BM&FBovespa paralisou por trinta minutos seus negócios às 10h35, fazendo uso do mecanismo Circuit Breaker, que visa amortecer oscilações muito bruscas. Há pouco, o Ibovespa retomou suas atividades decrescido em 5,9%. Vale ressaltar que se a desvalorização bater os 15%, a ferramenta é reacionada por mais uma hora.
Treasuries e petróleo
A alta aversão ao risco faz-se evidente também no comportamento dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados uns dos investimentos mais seguros no mundo, que não à toa, têm seu preço fortemente acrescido, refletindo em queda no rendimento. No mesmo sentido, o risco-país dispara 71 pontos frente ao fechamento da última sessão, ao marcar 515 pontos.
Enquanto isso, o preço do barril de petróleo segue em expressiva baixa desde o começo de suas negociações, caminhando para a maior queda semanal desde 2003, em resposta aos temores de forte desaceleração econômica mundial em função da escalada da crise. Na praça de Nova York, o decréscimo apresentado é de 6,25%, com o barril sendo negociado a US$ 77,49 cada.
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Câmbio e renda fixa
Com o pessimismo dominando os mercados, o dólar comercial volta a operar no campo positivo após forte desvalorização na última sessão em função das intervenções do Banco Central. Nesta manhã, a moeda norte-americana é cotada a R$ 2,273, acréscimo de 3,93%.
O clima tenso nas praças também afeta o mercado de juros futuros. As taxas dos contratos de DI futuro são negociadas em alta na BM&F Bovespa, especialmente nas negociações de juros com vencimento mais distantes, como o de julho de 2010, que sobe 0,25 ponto percentual.
Ibovespa desaba
Acompanhando a derrocada das praças financeiras lá fora e do petróleo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, retoma suas atividades com queda de 5,97% nesta manhã, atingindo 34.868 pontos. O volume financeiro é de R$ 719 milhões.
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O principal destaque negativo desta sessão fica por conta das units do Unibanco (UBBR11), que registram desvalorização de 17,31% e são
cotadas a R$ 11,75. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a 50,47%.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
UBBR11 | Unibanco UNT | 11,75 | -17,31 | -50,47 | 12,11M |
JBSS3 | JBS ON | 2,82 | -17,06 | -51,93 | 2,77M |
GOAU4 | Gerdau Met PN | 17,30 | -13,54 | -49,86 | 2,64M |
ITSA4 | Itausa PN | 6,15 | -13,01 | -40,35 | 19,76M |
CYRE3 | Cyrela Realty ON | 9,99 | -12,52 | -58,65 | 2,33M |
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
LIGT3 | Light ON | 18,18 | +1,00 | -33,87 | 245,57K |
RSID3 | Rossi Resid ON | 3,12 | +0,32 | -86,13 | 1,56M |
VALE3 | Vale Rio Doce ON | 28,00 | +0,21 | -52,45 | 18,46M |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)