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SÃO PAULO – A maioria dos consumidores cujos nomes se encontram em cadastros de inadimplentes está com a dívida em aberto há cerca de um a dois anos, segundo revela pesquisa de inadimplência divulgada nesta terça-feira (19) pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
De acordo com o estudo, este é o tempo de, aproximadamente, 25% dos débitos ativos com bancos e de 24% dos débitos com financeiras. Em seguida, estão as dívidas cadastradas entre um e seis meses (19% nos bancos e 20% nas financeiras).
Empatados em terceiro lugar, estão os débitos cadastrados entre seis meses e um ano e entre dois e três anos, sendo que, em ambos os casos, o percentual de bancos e financeiras é quase o mesmo, de 17% e 16%, respectivamente. Os débitos ativos de quatro anos e meio a cinco anos correspondem a 4%, tanto para bancos como para financeiras.
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Os débitos cadastrados entre um e dois anos concentram 65% dos valores devidos às financeiras e 24% das dívidas com bancos.
Varejo
No que diz respeito às dívidas adquiridas no varejo mole (setor de semiduráveis, como vestuário e calçados), varejo duro (bens duráveis) e pequeno varejo (bens de menor valor), o levantamento aponta que a maioria das dívidas em aberto com o varejo mole estão cadastradas há cerca de um a dois anos (29%).
Já a maior parte dos débitos provenientes da compra de bens do pequeno varejo se encontra ativa de três a quatro anos (24%), enquanto 22% das dívidas em aberto com o setor de bens duráveis estão nesta situação de dois a três anos ou de três a quatro anos (período que apresentou percentual idêntico).
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O levantamento ainda mostra que a maioria das negativações do setor de telecomunicações está ativa entre um e dois anos (35%), assim como a maior parte daquelas vindas por meio dos serviços (22%).
A maior parte dos consumidores com títulos protestados, entretanto, estão cadastrados em torno de três a quatro anos, 20%.
CPFs
Cerca de 40% dos CPFs possuem um débito em cadastros inadimplentes, detendo 14% do saldo devido, e outros 26% têm de três a cinco débitos, que equivalem a 28% do saldo, conforme tabela a seguir:
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CPFs e número de débitos e saldo devido | |||
Quantidade de débitos | Percentual de CPFs | Representatividade do saldo devido | |
1 | 40% | 14% | |
2 | 20% | 11% | |
de 3 a 5 | 26% | 28% | |
de 6 a 10 | 11% | 23% | |
de 11 a 15 | 2% | 12% | |
de 16 a 30 | 1% | 9% | |
acima de 31 | menos de 1% | 2% |
Fonte: ACSP
Segundo a Associação Comercial, 41% dos consumidores com CPFs cadastrados têm alta possibilidade de recuperação, 36%, média possibilidade, e 23% apresentam poucas chances de conseguir tirar o nome do cadastro.