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SÃO PAULO – O cartão de crédito, conhecido como “dinheiro de plástico” do brasileiro, é um dos principais motivos do endividamento do consumidor.
Comprar com o cartão de crédito requer cuidado e planejamento, pois alguns consumidores esquecem que no mês seguinte esse cartão gera um papel chamado fatura, e este sim precisa do bom e velho dinheiro de papel para pagar.
De acordo com o coordenador do curso de administração do Ibmec-MG, Eduardo Coutinho, não existe um limite ideal de crédito para a renda do consumidor. “O limite ideal é aquele que o consumidor possa pagar”, explica.
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Já para a consultora e especialista em saúde financeira Suyen Miranda, o ideal é que o limite de crédito disponível para gastar não ultrapasse 50% do salário do consumidor. Limite muito maior que a renda somente para consumidores disciplinados, explica a especialista.
Cuidados ao adquirir um cartão
Para o professor de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios, Ricardo Cindra, é preciso tomar alguns cuidados, antes de adquirir um cartão de crédito. O primeiro é saber se você tem disciplina suficiente para usar esta opção de pagamento.
Depois, é preciso saber qual o valor da anuidade, qual a taxa de parcelamento, se há gratuidade no ano e comparar os valores com os oferecidos por outras administradoras.
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É importante avaliar também os programas de fidelização oferecidos pelos cartões.
Quando usar o cartão de crédito?
Segundo Cintra, se o uso não for rotineiro, é recomendado usar somente em aquisições justificadas pela impossibilidade de adiamento, “como aquisição emergencial de medicamentos, passagens, alimentos e outras situações de essencialidade inquestionável, por exemplo”.
Na opinião do professor, também não há problema nenhum em usar o cartão de forma rotineira, desde que as compras pagas em dinheiro sejam absolutamente justificadas.
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Nesse caso, diz ele, é preciso lembrar que o consumidor que usa o cartão para comprar tudo, independentemente do valor, precisa ficar ciente de que a fatura chegará com um valor alto referente ao consumo do mês inteiro. “Parte dos seus rendimentos já será destinada ao pagamento do consumo do mês anterior; se esse consumidor usar o dinheiro que sobrou para o mês corrente em compras que poderiam ser evitadas ou, se inevitáveis, pagas com cartão de crédito, as chances de problemas são enormes”, explicou Cintra.
Pagamento
Quando não há planejamento no uso do cartão de crédito, é comum o consumidor optar por pagar o mínimo ou fazer um parcelamento de fatura. Na opinião de Coutinho, estas não são as melhores opção a se fazer.
Cintra explica que, na impossibilidade de quitar a fatura com recursos próprios, o consumidor deve optar por um empréstimo em instituição financeira de sua preferência e quitar a fatura. “As taxas de juros praticados no chamado crédito rotativo dos cartões de crédito são altíssimas e tendem levar o devedor à insolvência”, explica o professor da Trevisan.