Bolsonaro sobre reajuste a policiais: “Houve uma grita geral, e o limite é maio para dar ou não dar”

Governo tem feito vários acenos a policiais, em uma tentativa de manter o apoio de parte importante de sua base eleitoral

Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta (16), que o limite para definir se haverá ou não reajuste a policiais é até maio. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Jovem Pan, durante viagem à Rússia.

“Havíamos reservado uma parcela para reajuste desses servidores para reestruturar a carreira, houve uma grita geral e o limite é maio para dar ou não esse reajuste. Outros ameaçam parar o Brasil e aí eu lamento, porque os policiais vão ter que esperar até o ano que vem”, declarou o presidente.

O governo Bolsonaro tem feito vários acenos a policiais, em uma tentativa de manter o apoio de parte importante de sua base eleitoral. “Por que não podemos ajudar uma categoria? Por todos tem que ser prejudicados?”, questionou.

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Aprovado no final do ano passado pelo Congresso, o Orçamento deste ano incluiu na versão final uma reserva de recursos de R$ 2 bilhões para aumento aos servidores.

Apesar de a verba não ser carimbada a nenhuma categoria em específico, Bolsonaro sempre deixou evidente que o valor seria destinado a reajuste para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.

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A seletividade gerou um efeito cascata em outras categorias, que também reivindicam correção de seus salários. Uma greve geral de funcionários não é descartada. Diante desta possibilidade, o presidente afirmou que, “se não tiver clima” para aumento aos policiais, a categoria terá que esperar até o ano que vem.