Black fraude? Conheça as 19 fraudes que os consumidores cometem, segundo levantamento

Mais de 3,4 milhões de consumidores que já sofreram um golpe admitem ter praticado um ato ilícito para tirar vantagem sobre pessoas, empresas ou governo

Mariana Amaro

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SÃO PAULO – Com a aproximação da Black Friday, que ganhou o triste apelido de black fraude para quem caiu em um golpe, os consumidores interessados em comprar já estão redobrando as atenções. Mas nem todos são apenas vítimas.

Segundo um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com o Sebrae, uma em cada cinco vítimas de fraudes nos últimos 12 meses admite ter adotado algum comportamento ilícito com empresas, pessoas ou o governo, com a intenção de levar uma vantagem financeira.

Entre os consumidores, a fraude mais comum foi o uso de “gato” em serviços de TV por assinatura, o famoso “gatonet”. E atenção: compartilhar senha de serviços de streamings também entra nessa conta. Quase 24% dos respondentes afirmaram que praticaram essa fraude nos últimos 12 meses.

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O número de pessoas que afirmou utilizar serviços de maneira irregular caiu de 2019 para 2021. Por outro lado, duas práticas fraudulentas que não chegaram a ser citadas em 2019 apareceram na lista este ano: 1) Pedir estorno de compras realizadas na internet tendo recebido e não devolvido o produto (praticado por 11% dos respondentes); e 2) Falsificação de documentos, entre eles, a carteira de vacinação (praticado por 8% dos respondentes).

Confira as 19 fraudes mais cometidas pelos consumidores pessoas e empresas.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os consumidores devem ter consciência de que ao cometer ações ilícitas trazem prejuízos a toda a sociedade.

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“Todos perdem com a corrupção e com as tentativas de levar vantagens indevidas”, afirmou Costa, em nota. Ele reitera ainda que ao cometer um ato ilícito, o consumidor não prejudica apenas uma empresa, “mas toda a população que em algum momento será onerada com taxas e serviços mais caros”, destaca.

Não são apenas as pessoas e empresas que sofrem com as fraudes de consumidores: 9% dos respondentes da pesquisa afirmaram que já tentaram levar vantagem sobre o governo. Em termos absolutos, 1,5 milhão de consumidores admitiram esses tipos de fraudes e levaram um “puxão de orelha” de Costa. “Os brasileiros podem e devem cobrar mais transparência nas ações dos representantes políticos, mas é igualmente importante que cada um faça sua parte e reflita sobre o lugar da ética em suas relações pessoais, profissionais e de consumo”, afirmou.

Crime e castigo?

De acordo com a pesquisa, em termos absolutos, mais de 3,4 milhões de vítimas de golpes… também deram algum golpe. Ou tentaram, pelo menos. Os dados mostram que 53,9% das pessoas não conseguiram tirar vantagem. Entre aqueles que conseguiram, 58,5% não sofreu qualquer tipo de consequência pelo comportamento fraudulento.
Entretanto, 38,3% tiveram que lidar com consequências diversas:

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12,4% – tiveram o nome negativado
11,9% – perderam acesso ao crédito
9,8% – pagaram multa e fiança
6,7% – foram expostos à quebra de sigilo bancário.

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Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.