BC adia divulgação do Relatório Focus e outros indicadores e admite pela 1ª vez que motivo é a greve

Paralisação começou na sexta com 60% a 70% de adesão, diz sindicato; BC não deu previsão de quando as publicações serão feitas

Equipe InfoMoney

Edifício Sede Caixa Econômica Federal e Banco Central em Brasília
Edifício Sede Caixa Econômica Federal e Banco Central em Brasília

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O Banco Central (BC) informou um novo adiamento em suas publicações regulares, como o Relatório Focus, em razão da greve dos servidores da autoridade monetária brasileira, que começou na sexta-feira (1º) por reajuste salarial.

O Relatório Focus, os indicadores selecionados (Indeco), que incluem o movimento de câmbio no Brasil e as operações cambiais do BC, além do índice de commodities (IC-Br) não serão divulgados nas datas previstas desta semana. Também será afetado o Relatório de Poupança, que é publicado mensalmente no quarto dia útil do mês — e deveria sair na quarta-feira (6).

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“Devido à greve em curso no BC, o relatório Focus, o Indeco e o Relatório de Poupança não serão divulgados nas datas previstas”, afirmou a autarquia em um comunicado. “Oportunamente, informaremos as datas de suas respectivas publicações. O aviso sobre as novas datas será dado com pelo menos 24 horas de antecedência.”

Foi a primeira vez que a direção do Banco Central admitiu publicamente que o adiamento das divulgações está sendo causada pela greve dos servidores, que reivindicam reajuste salarial de 26,3% e a reestruturação de carreiras.

Atrasos recorrentes

As estatísticas de setor externo, de crédito e fiscais referentes a fevereiro, que deveriam ter sido conhecidas na semana passada, também estão atrasadas devido à paralisação, assim como a divulgação semanal do fluxo cambial.

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Antes mesmo do início da greve, os servidores do BC já estavam afetando diversos serviços, como a remuneração a bancos em operações do Pix, devido a paralisações diárias de quatro horas que estavam sendo realizadas desde 17 de março.

Reunião com o governo

Em reunião na sexta, os sindicatos que representam os servidores do BC e a administração do órgão bateram o martelo em relação à manutenção do Pix, do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) e demais sistemas da autarquia, além do funcionamento das mesas de operação, durante a greve.

Segundo o sindicato dos servidores do BC, “o movimento trouxe o primeiro resultado: somente com a greve acontecendo é que obtivemos a primeira reunião oficial com o governo”. A categoria vai se reunir amanhã às 10h30 com o titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia.

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* Com informações da Agência Estado.

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