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SÃO PAULO – Ao traçar um preço-alvo para determinada ação, o analista precisa verificar as possibilidades da companhia obter futuro crescimento nos lucros.
No universo de empresas cobertas pelo Santander é fácil encontrar o setor campeão neste quesito. As companhias do segmento imobiliário ocupam o topo das estimativas de lucro do banco de investimentos no intervalo de 2006 até 2008.
De acordo com os analistas, os resultados das incorporadoras e construtoras na Bovespa devem mostrar expansão média de 69% nos lucros neste período. O desempenho operacional também é promissor. Na mesma situação, a previsão para o aumento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de 68%.
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Acima da média
As fortes premissas para a construção civil refletem o cenário promissor do setor no Brasil. A trajetória de queda na taxa básica de juro, o aumento nos prazos de financiamento e o elevado déficit habitacional compõem esse panorama favorável.
Logo em seguida, do ponto de vista de crescimento nos lucros, aparece a categoria Telecom & Mídia, com 65%. Depois, os papéis de Mineração, Varejo, e Bancos, que têm perspectivas de 42%, 40% e 35%, respectivamente.
Já na questão de expansão do Ebitda em 2006-2008, além de Imóveis, outras duas classes são destaque no levantamento do banco: novamente Mineração, com 59%,e empresas ligadas à saúde, que possuem projeção de aumento de 53%.
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Para se ter uma idéia, quando são consideradas todas as companhias do mercado acionário analisadas pelo Santander, a estimativa é de crescimento de 24% nos lucros. E no âmbito de geração operacional de caixa, a perspectiva é de 20%.
Abaixo da média
Existem setores que não podem comemorar uma projeção acima da média atribuída pelos analistas do Santander. Em evidência, os segmentos de Energia e Papel & Celulose.
O primeiro detém uma previsão de expansão nos lucros de 9% e é o último colocado na análise de Ebitda, com 3%. Enquanto as companhias de celulose têm resultado negativo de 3% na expectativa sobre lucros e atingem apenas 8% na medida de desempenho operacional.