Banco Central estuda liberar ‘dinheiro esquecido’ em bancos de instituições falidas; veja quando será

Esse tipo de resgate será liberado em outras fases de consultas, em maio, segundo calendário da instituição monetária

Dhiego Maia

Notas de Real (Marcelo Casal Jr / Agencia Brasil)
Notas de Real (Marcelo Casal Jr / Agencia Brasil)

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O Banco Central estuda incluir em seu sistema que “caça” dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras o resgate de valores oriundos de empresas falidas.

Segundo o calendário da instituição monetária, esse tipo de resgate será feito nas próximas etapas das consultas, que será aberta em 2 de maio.

“Está em estudo a possibilidade de inclusão, no Sistema Valores a Receber [SVR], dos recursos de depositantes e investidores de entidades financeiras sob regime de liquidação extrajudicial”, informou, por nota, o BC.

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As próximas etapas de consultas também terão, segundo a autoridade monetária, datas e horários para o resgate de dinheiro tanto para pessoas físicas como para jurídicas.

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Veja o que será incluído:

Saiba como fazer as consultas

Entre na página exclusiva do SVR: valoresareceber.bcb.gov.br. Em seguida, informe o seu CPF, caso seja uma pessoa física; ou CNPJ, para a consulta de valores relacionados a empresas.

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Caso você tenha algum valor a receber, no momento da consulta, receberá uma data e uma faixa de horário para solicitar o resgate do saldo existente. Anote esta data.

Na data informada, retorne ao site do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br). Use seu login gov.br. Ele é uma identificação que comprova nos meios digitais do governo federal que você é você.

Se você ainda não tiver o login gov.br, faça seu cadastro gratuito no site ou pelo App Gov.br (Google Play ou App Store). Você vai precisar de um cadastro nível “prata” ou “ouro” para consultar e solicitar os recursos na data e período agendados ou na repescagem.

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O login nível “prata’ ou “ouro” exige maior grau de segurança, o que garante acesso a serviços sensíveis, como os disponibilizados por bancos.

Após o acesso, consulte o valor e solicite a transferência. De acordo com o BC, os valores “esquecidos” serão devolvidos a partir de 7 de março.

A devolução será feita, preferencialmente, via Pix, o sistema de transações instantâneas. Caso o pedido de resgate seja feito sem a chave Pix, a instituição financeira escolhida entrará em contato com o solicitante para realizar a transferência.

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Mas fique atento: a instituição responsável por fazer a devolução do dinheiro não pode pedir dados pessoais do usuário e nem a senha.

 1ª fase: consultas e resgates

A divisão de agendamentos se dará de acordo com o ano de nascimento — para pessoas físicas; ou de criação da empresa — para pessoas jurídicas.

Para datas de nascimento ou criação de empresas antes de 1968, o período de agendamento de consulta e resgate será entre 7 e 11 de março, com repescagem no dia 12.

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Para quem nasceu ou criou a empresa entre 1968 e 1983, o intervalo é de 14 a 18 de março, com repescagem no dia 19.

Já para pessoas nascidas ou empresas criadas após 1983, o agendamento ficará entre 21 e 25 de março, com repescagem no dia 26. Usuários que perderem a data do agendamento original e a repescagem poderão consultar ou solicitar o resgate do saldo existente a partir de 28 de março.

“Mesmo se você não consultar ou solicitar o resgate do saldo existente em todas essas datas, não se preocupe, pois isso não afeta seu direito sobre os recursos a devolver. Eles são seus e continuarão guardados pelas instituições financeiras o tempo que for necessário, esperando até que você solicite o resgate”, informou o BC, em nota.

Entenda o SVR

O SRV permite que a população confira se tem dinheiro esquecido em contas encerradas com saldo disponível ou devido a tarifas cobradas indevidamente em operações de crédito, por exemplo.

A consulta aos valores esquecidos será feita em duas fases. O BC calcula que há R$ 3,9 bilhões em valores “esquecidos” nas instituições financeiras nesta primeira etapa, de 28 milhões de CPF e CNPJ.

No total, são R$ 8 bilhões — destes, R$ 900 mil já foram resgatados antes da suspensão do SVR.

O BC ainda reitera que não envia links nem entra em contato com o cidadão e que ninguém está autorizado a fazê-lo em nome do órgão ou do SVR.

“Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. O cidadão não deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!”, alerta o BC.

Reportagem do InfoMoney mostrou que já há criminosos utilizando o SVR para aplicar golpes em pessoas desavisadas. Veja como se proteger.

Dhiego Maia

Subeditor de Finanças do InfoMoney. Escreve e edita matérias sobre carreira, economia, empreendedorismo, inovação, investimentos, negócios, startups e tecnologia.