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SÃO PAULO – A XP Investimentos manteve sua visão positiva para as companhias aéreas para 2020. Uma combinação de maiores receitas por conta da saída da Avianca do mercado com o real mais valorizado e a incipiente recuperação da economia brasileira seriam bons balizadores para se esperar um “céu de brigadeiro” no setor.
Diante desse cenário, a analista Bruna Pezzin alterou o preço-alvo de R$ 43,10 em 2019 para R$ 60,00 em 2020 para a ação da Azul (AZUL4). Já para a Gol (GOLL4), o preço-alvo passou de R$ 29,00 em 2019 para R$ 45,00 em 2020. O preço-alvo da Azul corresponde a uma valorização de 21,3% sobre o valor de fechamento das ações na quarta-feira (25), enquanto o da Gol representa uma alta de 15,5%.
Entre as duas empresas, a XP mantém sua preferência por Azul, que teria uma “menor sobreposição de rotas com outras companhias e, portanto, menor suscetibilidade à concorrência”.
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Além disso, a ação da empresa possui, na visão da analista, múltiplos mais atrativos considerando as perspectivas de crescimento, e uma dinâmica saudável e racional de oferta e demanda, que deve sustentar as tarifas e margens no médio prazo.
“Incorporamos estimativas de crescimento mais fortes e levemente superiores aos números anteriores, seguindo a tendência observada no segundo trimestre”, destaca. A recomendação da XP para a Azul é de compra.
Os últimos três meses foram bastante generosos para as aéreas, com a Gol registrando um crescimento de 24% na receita unitária de passageiros na comparação anual. Bruna espera que na Azul o impacto da saída da Avianca seja de uma elevação de 11% no mesmo indicador.
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Para a Gol, a XP mantém recomendação neutra diante dos múltiplos, que a analista considera menos atrativos levando em conta as perspectivas de crescimento.
No entanto, Bruna defende que o avanço nos números de receita unitária mostram que a Gol é mais diretamente beneficiada pelo fim da Avianca, dada a sobreposição de rotas.
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“Incorporamos as receitas unitárias mais fortes que as expectativas, tendência que esperamos se manter ao longo dos próximos trimestres, e também o crescimento mais forte que o esperado em 2020”, argumenta.
Por outro lado, os grandes riscos para a Gol seriam o petróleo, o câmbio e a concorrência.
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