Viveo (VVEO3) amplia receitas, mas vê lucro líquido ajustado recuar 47% no 1º tri

Empresa de serviços hospitalares apontou custo maior no carrego de dívidas e novas aquisições como detratores do lucro no 1T23

Rikardy Tooge

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A Viveo (VVEO3), que atua no setor de saúde desde a fabricação até a distribuição de materiais e medicamentos, reportou nesta quinta-feira (11) lucro líquido ajustado de R$ 60,6 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 46,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou R$ 114,25 milhões.

Segundo a Viveo, a última linha do balanço foi impactada pelo resultado financeiro por conta do maior custo no carrego de dívidas diante do atual patamar de juros, além de um endividamento maior para o pagamento de 10 aquisições feitas nos últimos 12 meses.

Operação da Health Log, empresa da Viveo (Divulgação)
Operação da Health Log, empresa da Viveo (Divulgação)

No operacional, a empresa apresentou avanço na linha de receita líquida, com crescimento de 47,4% de janeiro a março em comparação com o mesmo intervalo de 2022, para R$ 2,8 bilhões. O lucro bruto foi de R$ 432,5 milhões,  alta anual de 45%.

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“A simplificação operacional, a captura de sinergias e a potencialização do ecossistema foram alguns dos fatores que contribuíram [para o resultado]”, escreveu a Viveo em seu balanço.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) alcançou R$ 223,7 milhões, com margem Ebitda de 8%, baixa de 0,8 ponto percentual.

Sinergias e investimentos

A Viveo reiterou que espera capturar gradualmente, de 2022 até 2024, sinergias estimadas de aproximadamente R$ 111 milhões de Ebitda. No 1T23, houve a captura de R$ 25,4 milhões, sendo R$ 12,2 milhões na despesa e R$ 13,2 milhões no custo.

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“O que demonstra que estamos no caminho certo para atingir o nosso guidance de entregar R$ 67 milhões de EBITDA adicional em 2023”, afirmou o CEO da Viveo, Leonardo Byrro.

A companhia acrescentou ainda que investiu R$ 10 milhões no trimestre para avançar na captura de sinergias por meio da implementação de um novo sistema de gerenciamento para seus centros de distribuição.

Ao todo, até o final do primeiro semestre, cerca de R$ 40 milhões serão destinados para ampliação de sete Centros de Distribuição, localizados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.

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Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br