Vibra (VBBR3): lucro cai 81,2% no 2º tri, para R$ 133 milhões; empresa fala de cenário desafiador com diesel russo

A receita líquida, por sua vez, somou R$ 37,36 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 21% na comparação anual

Equipe InfoMoney

Vibra (Foto: Divulgação)
Vibra (Foto: Divulgação)

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A Vibra Energia (VBBR3) teve lucro líquido de R$ 133 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), queda de 81,2% ante o mesmo período do ano passado.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 910 milhões no 2T23, 43,1% inferior m relação ao 2T22.

A receita líquida, por sua vez, somou R$ 37,36 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 21% na comparação com igual etapa de 2022.

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A margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada em reais por metro cúbico atingiu 101 entre abril e junho, queda anual de 41,9%.

Segundo a companhia, o 2T23 apresentou um cenário bastante desafiador, pois houve intensificação da entrada de diesel de origem russa, praticamente substituindo essa molécula originada no golfo americano, principal origem de produto importado no mercado brasileiro, devido ao forte desconto de preço do produto Russo.

O volume de diesel importado no Brasil no trimestre foi de cerca de 3,5 milhões de m³, onde o produto Russo representou cerca de 55%.

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“A Vibra optou por não importar o produto ao longo do trimestre, pois focamos em reforçar nosso posicionamento de sourcing na molécula nacional e, com isso, priorizamos nossa rede embandeirada, nossos clientes contratados e operações que melhoram a rentabilidade da companhia. Dessa forma, tivemos uma redução em nossos volumes totais de -3,2% na comparação trimestral, ciclo otto (-4,1%), Coque (-38,6%), óleo combustível (- 4,4%) e diesel (-1,4%), sendo compensado parcialmente pelas vendas de lubrificantes (+3,0%)”, aponta.

Já na comparação anual, a redução foi de 2,0% nos volumes vendidos, principalmente, pelas menores vendas de Coque (-41,6%), demais produtos (-19,4%), etanol (-11,2%) e diesel (-6,6%) compensado parcialmente pelas maiores vendas de lubrificantes (+5,0%) e de gasolina (+12,0%), responsável pelo crescimento de vendas no ciclo otto (+5,9%).

Em relação ao lucro bruto, houve um aumento de (+11,8%) ou R$ 182 milhões frente o 1T23, em razão de maiores margens médias de comercialização e maiores repasses de CBIOs, dado o seu aumento de preço no período, a redução de volume na comparação com o trimestre anterior compensa parcialmente esse aumento. Na comparação com o 2T22, houve redução de 38,6% ou R$ -1,1 bilhão, toda essa diferença é explicada pela variação do efeito sobre os inventários entre os períodos, saindo de um ganho de cerca de R$ 730 milhões para uma perda, neste período, de cerca de R$ 450 milhões.

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“Ressalta-se, ainda, um incremento em nossas margens médias comerciais também na comparação com o 2T22”, aponta.

As despesas operacionais ajustadas foram de R$ 808 milhões (R$ 90/m³) no 2T23, que sem o efeito do resultado com o Hedge de commodities (R$ 17 milhões), CBIOs (-R$ 390 milhões), Recuperações Tributárias (R$ 120 milhões) e Venda de Imóveis (R$ 58 milhões) totalizaram R$ 613 milhões (R$ 68/m³), representando uma redução de R$ 2 milhões (-4,1%) na comparação com o 1T23.

A dívida líquida da companhia somou R$ 12,197 bilhões no primeiro semestre, valor 8,3% menor ao apurado nos seis primeiros meses de 2022. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, foi de 3,0 vezes no primeiro semestre deste ano, valor maior ante o apurado em igual período do ano anterior, em 2,8 vezes.

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“O principal motivo do aumento da alavancagem foi o resultado Ebitda ajustado do período que foi impactado por uma grande perda de estoque no segundo trimestre de 2023 em oposição a um ganho de estoque no segundo trimestre de 2022”, informou a companhia no release.

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