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Petrobras (PETR3, R$ 12,48, +0,48%; PETR4, R$ 12,32, +0,41%)
A Petrobras, após abrir com fortes ganhos de 3,5% na sessão desta terça-feira, depois de ter fortes altas na véspera em meio às notícias de que pode vender uma fatia da Braskem (BRKM5), oscila entre perdas e ganhos nesta sessão. Hoje, o mercado repercute a notícia de que o Conselho de Administração da empresa vai se reunir no dia 22 de abril para apreciar as demonstrações contábeis auditadas do 3º trimestre e do ano de 2014, ambas com publicação atrasada em meio a investigações sobre esquema de corrupção envolvendo a estatal.
“A companhia espera divulgar essas demonstrações contábeis ao mercado, após a decisão do Conselho de Administração”, disse em fato relevante. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a PwC já está auditando balanço da Petrobras e, de acordo com informações do Valor Econômico, a companhia pode usar dois tipos de ajustes e as estimativas apuradas indicam um intervalo entre R$ 14 bilhões e R$ 28 bilhões de impacto total.
De acordo com o analista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, a expectativa é de que a Petrobras siga um movimento de forte volatilidade em meio aos diversos acontecimentos que envolvem a companhia. Após as fortes altas, o movimento deve ser de maior cautela na expectativa pela divulgação do balanço.
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Vale (VALE3, R$ 18,80, +3,13%; VALE5, R$ 15,57, +2,98%)
As ações da Vale têm fortes ganhos nesta sessão. Nesta terça-feira, o conselho de administração da Vale deve analisar proposta da diretoria executiva de pagamento da primeira parcela de remuneração mínima aos acionistas, no valor total bruto de US$ 1 bilhão, conforme já anunciado em 30 de janeiro. A remuneração será paga integralmente sob a forma de JCP e refere-se à antecipação da destinação do resultado e reservas de 2015.
A proposta equivale ao pagamento do valor bruto de US$ 0,194047593 por ação, considerando a quantidade de ações em circulação em 27 de fevereiro. Caso a proposta seja aprovada, a Vale fará o pagamento no dia 30 de abril. Mas, de acordo com o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, as ações da companhia também sobem por terem registrado fortes baixas, o que representa assim uma “esperança” em relação ao pagamento de proventos e uma alta após fortes baixas.
O mercado ainda fica de olho na divulgação dos números do Produto Interno Bruto (PIB) da China referente ao primeiro trimestre na quarta-feira.
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JBS (JBSS3, R$ 15,20, -5,0%)
As ações da JBS são destaque de queda na Bolsa nesta terça-feira, com a empresa sendo envolvida mais uma vez na Operação Lava Jato. Em destaque, está a notícia do jornal O Estado de S. Paulo, que mostrou que a quebra de sigilo mostrou um pagamento de R$ 200 mil da companhia à empresa do ex-deputado André Vargas, que foi preso na 11ª fase da Lava Jato.
General Shopping (GSHP3, R$ 6,34, +3,26%)
As ações da General Shopping registram forte alta após a venda do Shopping Light. A controlada da General Shopping Levian Participações e Empreendimentos celebrou contrato com Zahav Empreendimentos Imobiliários para alienar 100% do imóvel do Shopping Light, segundo comunicado.
O valor é sujeito a ajustes previstos no compromisso de compra e venda. “Operação somente será consumada após o cumprimento de determinadas condições precedentes comuns a este tipo de operação previstas no Compromisso de Compra e Venda, incluindo a extinção de direito real de uso sobre o Imóvel atualmente detido pelo Consórcio Shopping Light, do qual participa a própria Levian”.
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“Caso as condições precedentes previstas no Compromisso de Compra e Venda venham a se verificar e a operação acima referida seja consumada, a Companhia deixará de deter qualquer participação direta ou indireta no Imóvel e no empreendimento comercial denominado Shopping Light”.
Gol (GOLL4, R$ 8,01, +2,30%)
As ações da Gol registram alta expressiva, mas menor em relação à máxima de quase 4%, em mais um dia de queda do dólar, que beneficia as ações de companhias que têm dívidas muito atreladas à moeda americana, caso da empresa aérea.
Contudo, conforme ressalta o analista da Leme Investimentos, a alta do petróleo de 1,5% nesta sessão prejudica a companhia, ao mesmo tempo em que as áreas sofrem um cenário de dificuldades.
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Bancos
Após abrirem em leve alta, os bancos voltam a ser pressionados e registram queda nesta sessão, com destaque para o Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,42, -0,84%), Bradesco (BBDC4, R$ 30,79, -0,71%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 24,22, -0,12%), este último com uma queda menos expressiva.
No radar das instituições financeiras nos últimos dias, os destaques foram para os rumores de um possível aumento da CSLL para os bancos para garantir o ajuste fiscal, passando de 15% para 17%, e a perspectiva de que as instituições, apesar de resilientes, sofram com o cenário de contração econômica. Ontem, a Fitch Ratings fez revisão e coloca BNDES e bancos brasileiros sob risco de rebaixamento.