Usiminas (USIM5) é considerada “barata” em comparação com média histórica, mas tem preço-alvo cortado por Morgan Stanley

Banco considera siderúrgica sem catalisadores no curto prazo, que manteve assim recomendação equivalente à neutra para o papel

Camille Bocanegra

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Barata demais em comparação com a média histórica, negociada a múltiplos baixos e abaixo do seu valor intrínseco. Essa é a avaliação que o Morgan Stanley faz sobre os papéis de Usiminas (USIM5) em relatório publicado nesta quinta (5).

Mesmo com essa análise, o banco mantém a recomendação de equal weight (exposição em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) e cortou o preço-alvo das ações da siderúrgica para R$ 7,00 por ação ao fim de 2024 (o target anterior era de R$ 8 por ação).

Um dos motivos do corte no preço-alvo é a queda nas projeções para o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) de R$ 225 milhões para aproximadamente R$ 89 milhões no terceiro trimestre de 2023. A previsão de Ebitda para 2023 inteiro caiu 42%, para R$ 1,169 bilhão, enquanto para 2024 ficou em R$ 2,873 bilhões (queda de 9%). Já para 2025, a expectativa do banco foi mantida em R$ 3,385 bilhões em 2025 e para 2026 subiu em 1%, a R$ 3,791 bilhões.

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As estimativas de EPS, ou lucro por ação, normalizadas passaram por queda de R$ 0,02 para R$ 0,25 no terceiro trimestre de 2023. As projeções do banco se alteraram após a percepção de preços mais baixos no mercado doméstico, consideração de novas previsões de preços de commodities e atualização nas expectativas para o câmbio.

“Embora as ações pareçam baratas em comparação com a média histórica, acreditamos que o caso de investimento será limitado por um longo período de ramp-up (etapa inicial de produção) do maior alto-forno da Usiminas e por maiores gastos de capital na divisão de aços”, considera o banco.

A redução de preço-alvo foi motivada também pelo cálculo da média de uma avaliação de múltiplos com o modelo DCF (fluxo de caixa descontado, em sigla em inglês, critério comum de valuation) utilizado pelo Morgan Stanley. No modelo, foi utilizada uma taxa de desconto de 9,6% e considerada uma taxa de crescimento de 2,0%.

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