Usiminas discutirá injeção de recursos; ação contra Vale nos EUA, balanços e mais 13 no radar

OdontoPrev, SLC, T4F e Magnesita divulgaram resultados e Copel teve a sua recomendação rebaixada de overweight para neutra pelo JPMorgan; veja destaques

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado nesta quinta-feira (10). Confira os principais destaques do dia: 

Usiminas
A Usiminas (USIM5) afirmou nesta quarta-feira que até o momento ainda não há qualquer decisão sobre uma operação de aumento de capital ou de injeção de recursos na companhia, em meio à discussão dos acionistas controladores da companhia sobre um resgate financeiro da siderúrgica. Em comunicado ao mercado, a Usiminas confirmou que o assunto será tratado em reunião de seu Conselho de Administração marcada para sexta-feira.

“Está efetivamente convocada reunião para 11 de março para deliberar, entre outras matérias, sobre as providências e condições para injeção de recursos na companhia, incluindo a possibilidade de aprovação de aumento de capital mediante a subscrição de novas ações”, afirmou a Usiminas em comunicado ao mercado. Informações publicadas pela imprensa nesta quarta-feira afirmam que o grupo japonês Nippon Steel vai propor na reunião de sexta-feira um aumento de capital de 1 bilhão de reais na Usiminas e que está disposto a bancar a operação sozinho se outros acionistas não quiserem participar.

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Uma fonte com conhecimento direto do assunto afirmou à Reuters na véspera que a decisão sobre o aumento de capital na Usiminas pode acabar parando na esfera judicial diante de possibilidade de alegação de quebra de dever fiduciário pelos conselheiros da empresa se a operação não for aprovada. O grupo Nippon Steel considera o aumento de capital, aliado a uma renegociação de dívidas da Usiminas com bancos credores, como único caminho para que a siderúrgica evite um pedido de recuperação judicial. Já Techint, que divide o controle da Usiminas com o grupo japonês, disse na terça-feira que considera como melhor alternativa para aliviar o endividamento da Usiminas e proteger os acionistas um “aporte limitado de capital”, aliado a uso de recursos da unidade Mineração Usiminas, além da renegociação com os bancos.

Vale
A Vale (VALE3;VALE5) teve sua recomendação rebaixada de compra para manutenção pela Stifel.

Ainda no radar da mineradora, o Ministério do Comércio da China disse nesta quinta-feira que não recebeu um pedido de aprovação regulatória das mineradoras Vale e Fortescue Metals Group com relação à sua planejada joint venture. O ministério disse em um fax enviado à Reuters que analisaria o acordo segundo a lei se receber o pedido.

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A maior e a quarta maior mineradoras de minério de ferro do mundo estão em conversas que podem levar a brasileira Vale a assumir uma fatia minoritária na australiana Fortescue e à mistura de seus minérios para ganhar participação de mercado na China.

Por fim, segundo informações do Valor, o juiz americano Gregory Woods aceitou unificar em apenas um processo as ações coletivas movidas contra a Vale por investidores nos EUA. Ele nomeou para liderar o processo os fundos Alameda County Employees’ Retirement Association e Orange County Employees Retirament System. Os fundos alegam ter perdido US$ 15 milhões com ADRs da Vale em decorrência da ruptura da barragem operada pela Samarco, joint venture da Vale com a australiana BHP Billiton.

Oi
A operadoradora de telefonia Oi (OIBR4) informou nesta quarta-feira que contratou a PJT Partners como assessor financeiro para auxiliá-la na avaliação de alternativas financeiras e estratégicas para otimizar sua liquidez e seu perfil de endividamento.

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No início de março, a Reuters noticiou a contratação da PJT Partners e do Rothschild para refinanciar cerca de 13 bilhões de reais de dívidas que vencem no final do próximo ano, segundo duas fontes.

A Oi disse, ainda, que “o foco operacional e comercial da companhia permanece inalterado”.

Bradesco
O Bradesco (BBDC4) obteve aval do Cade para assumir 100% das ações da LeaderCard. O resultado da operação fará com que Bradesco passe a deter titularidade da totalidade das ações da LeaderCard em negócio fechado com União de Lojas Leader, varejista que tinha o BTG Pactual como titular direto e indireto de 70% do seu capital, segundo documento do Cade.

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Como consequência de uma reestruturação, a União de Lojas Leader passará a deter a titularidade direta da totalidade das ações da Leader Promotora. A operação foi aprovada sem restrições pelo Cade.

PetroRio
A PetroRio (PRIO3) informou que a companhia não realizará novos investimentos e encerrará suas atividades exploratórias na Namíbia. 

A companhia informou que, “após um longo período de diálogos com o governo namibiano”, optou por não prosseguir com as suas licenças de exploração de petróleo na Namíbia e, assim, não realizará novos investimentos naquele país. 

“A decisão está em linha com a estratégia de crescimento da companhia por meio da aquisição de campos em produção e redução da exposição ao risco exploratório”. 

Copel
A Copel (CPLE6) teve a sua recomendação rebaixada de overweight para neutra pelo JPMorgan.

Daycoval
O banco Daycoval (DAYC4) não obteve anuência unânime de credores para a realização de OPA (Oferta Pública de Aquisição). A companhia fará oferta pública unificada por ações preferenciais.

GP Investments e BR Properties
A GP Investments informou que a GPIC, controlada da companhia, e a THB, controlada pela Abu Dhabi Investment Authority, celebraram compromisso de subscrição vinculante que assegura a um fundo da GP Investments recursos suficientes para liquidar oferta pública de aquisição (OPA) de até 172.407.104 ações ordinárias da BR Properties (BRPR3).

O montante, em conjunto com as ações da BR Properties já detidas pelo fundo de private equity, representa até 70% do capital social da BR Properties, de acordo com comunicado da GP Investments na madrugada desta quinta-feira.

Natura
A Natura (NATU3) informou que aplicará alíquota de 15% na retenção do imposto de renda na fonte para pagamento de Juros sobre o Capital Próprio na data prevista para pagamento do provento, no dia 20 de abril 

T4F
A Time For Fun (SHOW3) divulgou seus números do quarto trimestre, registrando alta de 134% da receita líquida, para R$ 229,4 milhões. Já o ucro líquido chegou a R$ 12,2 milhões, revertendo prejuízo de R$ 42,4 milhões registrado 12 meses antes. A margem Ebitda passou de 9,6% negativo para 7,1% positivo. 

Em 2015, a receita líquida teve leve queda, de R$ 552,9 milhões em 2014 para R$ 551 milhões. E, de prejuízo de R$ 70,3 milhões em 2014, ela reverteu em lucro de R$ 20,9 milhões em 2015. 

Magnesita
A Magnesita (MAGG3) encerrou o quarto trimestre de 2015 com prejuízo líquido de R$ 143 milhões, alta de 87% na comparação anual, enquanto a receita líquida somou R$ 898 milhões, alta de 25%. No mesmo período, o Ebitda foi de R$ 53,7 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 17,2 milhões no quarto trimestre de 2014. No ano de 2015, a companhia teve prejuízo de R$ 1,06 bilhão e decidiu não pagar dividendos relativos a 2015. 

SLC Agrícola
A SLC Agrícola (SLCE3) encerrou o quarto trimestre de 2015 com um lucro líquido de R$ 35,33 milhões,  alta de 104,6% na comparação com o resultado de R$ 17,27 milhões no mesmo período do ano passado. A companhia lucrou R$ 121,17 milhões em 2015, 72,7% acima do resultado de 2014.

 A receita líquida somou R$ 583,62 milhões no quarto trimestre de 2015, alta de 33,1% ante o mesmo período de 2014. No acumulado de 2015, a receita ficou em R$ 1,761 bilhão, 17,5% superior ao de 2014. O Ebitda somou R$ 151,89 milhões no quarto trimestre e R$ 339,74 milhões em 2015, altas de 62,3% e 6,1%, respectivamente.

QGEP
A QGEP (QGEP3) divulgou resultado, com prejuízo líquido atribuído aos sócios controladores de R$ 159,4 milhões no quarto trimestre de 2015. Em igual período do ano passado, a empresa lucrou R$ 66,2 milhões. A receita líquida foi de R$ 133,5 milhões no quarto trimestre, alta de 8,1% quando comparado aos R$ 123,5 milhões registrados no mesmo período de 2014. 

OdontoPrev
A OdontoPrev (ODPV3) registrou lucro líquido foi de R$ 220,9 milhões em 2015, enquanto a receita de vendas somou R$ 1,25 bilhão no ano.

De acordo com o BTG Pactual, o resultado foi positivo, destacando dois pontos: (i) segmento corporativo voltou a apresentar uma desaceleração, como reflexo do desaquecimento do mercado de trabalho, principalmente no final do ano passado (algo que deve continuar pressionando crescimento de ODPV em 2016) e (ii) do lado positivo, produtos mais rentáveis (maiores margens de contribuição) como planos PME e individuais continuaram aumentando a participação no mix consolidado. 

Raia Drogasil e Hypermarcas
Destaque para uma notícia que pode ser positiva para a Raia Drogasil e para a Hypermarcas. Segundo informações do Credit Suisse, há um potencial aumento de preço dos medicamentos de 12% que, se confirmado e que poderia ser muito bom para Hypermarcas (HYPE3) e Raia Drogasil (RADL3). 

Sabesp
A Sabesp (SBSP3) informou que fará amortização parcial extraordinária de R$ 300 milhões da 19ª emissão em 30 de março.

Banco ABC Brasil
O Banco ABC Brasil (ABCB4) informou ter aprovado a recompra de até 1,5 milhão de ações preferenciais em um período de até 18 meses.

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(Com Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.