Ultrapar (UGPA3) tem baixa de 41% no lucro no primeiro trimestre, para R$ 274 milhões

Dona da Ipiranga divulgou números trimestrais nesta noite de quarta-feira (3)

Felipe Moreira

Posto Ipiranga (Foto:  Divulgação)
Posto Ipiranga (Foto: Divulgação)

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A Ultrapar (UGPA3), dona dos postos Ipiranga, obteve nesta quarta-feira (3) lucro líquido de R$ 274 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), o que representa uma redução de 41% frente a mesma etapa de 2022.

O consenso Refinitiv apontava para um lucro líquido de R$ 216,6 milhões no período.

A empresa explica que o resultado é “decorrente do menor Ebitda ajustado recorrente da Ultrapar, em função das desconsolidações dos resultados da Oxiteno e da Extrafarma, apesar da menor despesa financeira líquida e dos menores custos e despesas com depreciação”.

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O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recorrente de operações continuadas totalizou R$ 1,023 bilhão no 1T23, um aumento de 17% em relação ao 1T22, devido aos maiores Ebitdas da Ultragaz e da Ultracargo, atenuados pelo menor EBITDA da Ipiranga. O Ebitda ajustado veio abaixo dos R$ 1,08 bilhão previstos pelo consenso Refinitiv.

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A receita líquida somou R$ 30,552 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma retração de 10% na comparação com igual etapa de 2022, em função dos desinvestimentos da Oxiteno e da Extrafarma e subsequentes desconsolidações dos seus resultados em abril e agosto de 2022, respectivamente, além do menor faturamento da Ipiranga.

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O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 312 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma redução de 23% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022, reflexo do menor saldo médio da dívida líquida, atenuado pelo maior CDI.

A Ultrapar investiu R$ 365 milhões nos três primeiros meses do ano, uma diminuição de 5% em relação ao mesmo período de 2022.

Ultrapar reduz consumo de caixa e endividamento

O consumo de caixa foi de R$ 711 milhões no 1T23, comparado a um consumo de R$ 1,183 bilhão no 1T22, devido principalmente aos maiores investimentos em capital de giro no 1T22, especialmente em função dos aumentos relevantes de preços de combustíveis na época, parcialmente compensados pela redução de R$ 897 milhões do saldo de risco sacado no 1T23.

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Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 8,259 bilhões ante R$ 13,424 bilhões da mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2 vezes em março/23, queda de 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

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