Ucrânia considera lançar moeda digital para intermediar operações com ativos virtuais

O Banco Nacional da Ucrânia está considerando uma futura versão eletrônica da moeda local como meio de facilitar a negociação, emissão e outras operações com ativos virtuais, afirmou o órgão do governo ucraniano em comunicado divulgado à imprensa na segunda-feira (28)

O banco central do país discute plano para lançamento da versão eletrônica da hryvnia ucraniana com representantes de bancos, instituições financeiras não bancárias e do mercado cripto. As possíveis aplicações da moeda digital envolvem pagamentos de varejo, circulação de ativos virtuais e transações internacionais.

“E-hryvnia pode se tornar um dos elementos-chave do desenvolvimento de infraestrutura qualitativa para o mercado de ativos virtuais na Ucrânia”, disse o relatório.

A Ucrânia está analisando a possibilidade de lançar uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) desde 2017. O país éuma das mais de 100 jurisdições em todo o mundo que exploram a emissão de uma moeda digital nacional.

Em julho de 2021, o presidente Volodymyr Zelensky sancionou um projeto de lei que permitiria ao banco central emitir uma CBDC agrupada na categoria de dinheiro ou dinheiro eletrônico.

Em dezembro do ano passado, o Tascombank, um dos bancos comerciais mais antigos do país, revelou planos para testar uma versão da e-hryvnia construída na rede Stellar, que trabalha hoje em um projeto de aplicação do real digital no Brasil, junto com o Mercado Bitcoin.

O banco central ucraniano disse que “continua a desenvolver” o projeto “e-hryvnia” com participantes do mercado e órgãos estatais.

“Ao mesmo tempo, o Banco Nacional, como a maioria dos bancos centrais do mundo, abordará a questão da emissão de sua própria moeda digital com cuidado e levando em consideração, em particular, o impacto potencial de sua introdução no sistema financeiro estatal”, disse o comunicado.

As criptomoedas passaram a desempenhar um papel importante na coleta de doações e na facilitação da compra de suprimentos críticos após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro.