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SÃO PAULO – Para ampliar o acesso das classes D e E aos conversores externos de TV digital, representantes do Governo estudam formas de baratear o custo dos equipamentos. Financiamento por meio da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil com prestações em torno de R$ 17 é uma delas.
A ideia foi apresentada pelo assessor especial da Presidência da República para a Área de Políticas Públicas em Comunicação, André Barbosa. Ele afirmou, de acordo com a Agência Brasil, que as propostas do grupo de estudos, que integra o conselho deliberativo do SBTVD (Fórum Sistema Brasileiro e Televisão Digital), ficarão prontas em seis meses.
Segundo Barbosa, além da facilidade de financiamento do equipamento também está sendo estudada a possibilidade de conceder incentivos fiscais aos fabricantes, como redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
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Venda de televisores
Neste ano, todos os aparelhos com 32 polegadas devem sair de fábrica com o conversor embutido. Até agora, 2 milhões de televisores com as novas especificações já foram vendidos. E para Barbosa, até o final do ano, esse número deve alcançar os 5 milhões.
“Porém, estão sendo atendidas as classes C para cima, deixando de fora as classes D e E, que têm na televisão a sua única fonte de informação. Nossa proposta é chegar a essa população”, afirmou Barbosa, ainda segundo a Agência.
Para o assessor, os consumidores de baixa renda, além de terem uma imagem de qualidade com o sistema digital, poderão ter acesso aos serviços de interatividade como a marcação de consultas médicas em órgãos públicos, educação à distância e compra de produtos.
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TV Digital e eleições
De acordo com o presidente do SBTVD, Frederico Nogueira, o Brasil tem avançado no processo de migração do sistema analógico para o digital. Até agora, 7 milhões de aparelhos possuem o novo sistema. A partir de 2013, a cobertura da TV digital será obrigatória em todo o país. E em 2016 o sistema analógico será extinto.
Segundo afirmou Nogueira, nem as eleições atrapalharão o andamento das discussões sobre barateamento do conversor e o processo de migração. “O Brasil já atingiu uma maturidade tão grande, tanto na área social quanto na econômica que, seja qual for o governo, será priorizada a política pública para a conclusão da migração da TV digital e inclusão das comunidades mais carentes”, afirmou.
Nogueira acredita que o Governo deve dar aos conversores o mesmo tratamento dado aos computadores, cujo custo foi gradualmente reduzido com o aumento da demanda pelo equipamento.
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