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SÃO PAULO – O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciará nesta sexta-feira (13) às 12h45 a sua decisão sobre o histórico pacto nuclear multilateral assinado com o Irã em 2015 e a nova estratégia para se relacionar com o país, informou a Casa Branca na tarde desta quinta.
Trump tem que anunciar antes de domingo se considera que o Irã está cumprindo o acordo multilateral para limitar seu programa atômico, em troca do fim das sanções internacionais contra o país. Tudo indica que o presidente se negará a “certificar” de novo que o acordo está de acordo com o interesse nacional dos Estados Unidos. “É o pior acordo”, disse Trump na quarta-feira, ao criticar “a fraqueza” do governo anterior, de Barack Obama, frente a Teerã.
Contudo, altos funcionários americanos insistiram que uma “não-certificação” não significaria o fim imediato do texto, já que corresponderia ao Congresso americano decidir voltar a impôr as sanções suspensas em 2015. Essa medida abre um prazo de 60 dias para que o Congresso revise o pacto e avalie os próximos passos a serem tomados, incluindo as possíveis sanções ao Irã.
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A lei obriga o presidente a “certificar” ou não, no Congresso a cada 90 dias que Teerã respeita o acordo e que este é do interesse dos Estados Unidos. Os defensores do tratado com o Irã argumentam que não há evidências de que Teerã o esteja violando – esse é o melhor modo de evitar que o Irã tenha uma arma nuclear, apontam.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse nos últimos dias que Trump estabelecerá uma “estratégia ampla” que não abordará apenas o acordo, mas também o “mau comportamento do Irã”, como os recentes testes de mísseis balísticos e a acusação de que o país é “patrocinador do terrorismo”. O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse ontem que seu país está unido na defesa do acordo nuclear – pacto firmado também com Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia – e que uma decisão contrária do presidente dos EUA representaria um “fracasso” para EUA.
Outro ponto que tem gerado apreensão em Teerã é a possibilidade de o governo Trump designar como grupo terrorista a Guarda Revolucionária do Irã, uma linha vermelha para o regime dos aiatolás.
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(Com Agência EFE)
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