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O Ibovespa encerrou a última semana com ganhos, elevando sua valorização no acumulado de maio para cerca de 6% e mantendo o índice positivo em 2023, com quase 1% de alta. No pregão desta segunda-feira (29), sem a referência das bolsas em NY, fechadas por feriado, o Ibovespa recua 0,3%, às 13h15, aos 110,5 mil pontos.
Semana passada, a aprovação pela Câmara dos Deputados do novo marco fiscal animou investidores, porém havia a apreensão por conta das preocupações com a negociação para o aumento do teto da dívida dos EUA, o que foi transposto neste domingo; o texto deve ser votado pelo Congresso americano na quarta-feira.
Para esta semana, contudo, as atenções se voltam para o avanço do marco fiscal no Senado, bem como para importantes indicadores econômicos, aqui e lá fora. Sairão o PIB do 1º trimestre e a produção industrial no Brasil, enquanto nos EUA o relatório de empregos, “payroll”, agita a sexta-feira.
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Indo para o Ibovespa, após atingimento, na sexta-feira (26), da resistência na região dos 111,7 mil pontos, a Bolsa pode buscar os 114 mil pontos, caso contrário, se passar por um movimento de realização, poderia recuar até a faixa dos 108 mil pontos, sem reverter sua tendência de alta.
Dito isso, confira agora as projeções de analistas técnicos para o desempenho do Ibovespa nos próximos dias e semanas.
Análise técnica: Ibovespa
O head de análise da Levante, Enrico Cozzolino, destaca que o Ibovespa vem passando por semanas consecutivas de alta, tendo saído dos 97 mil pontos para a proximidade dos 112 mil pontos.
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No entanto, o encerramento da última semana resultou em um candle, no gráfico semanal [veja abaixo], que revela incerteza, pois sua abertura e fechamento estão muito próximos.
“Isso indica um equilíbrio entre compradores e vendedores, que prevaleceu ao longo da semana”, analisa Cozzolino.
Por outro lado, no gráfico diário [logo abaixo], acrescenta Cozzolino, a situação é mais clara, uma vez que a região dos 112.000 pontos se mostra como uma resistência, “como evidenciado pelos candles que apresentam fechamentos próximos de suas máximas”.
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“Essa análise mostra que, embora o Ibovespa tenha alcançado um nível significativo próximo dos 112.000 pontos, a presença de uma resistência sólida nessa região sugere que os compradores enfrentaram dificuldades para impulsionar o índice, além desse patamar. É importante observar a evolução do mercado nos próximos dias para determinar se haverá uma superação dessa resistência ou se ocorrerá uma correção de preços”, explica.
Em resumo, a Levante enxerga tendência de alta no longo e no curto prazos para o Ibovespa, apontando como um cenário otimista o rompimento dos 112 mil pontos e, em um cenário pessimista, a perda do suporte dos 108 mil pontos.
- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
Ibovespa: movimento de alta
Para Pam Semezzato, analista da Clear, depois do teste no suporte dos 97.000 pontos (no mês de março), o Ibovespa vem em um movimento de alta, “ainda com características de lateralização no médio prazo”.
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Segundo ela, no curtíssimo prazo, o rompimento do topo anterior, de 108.200 pontos, confirmou um novo movimento de alta, “mostrando mais força compradora”.
“A próxima resistência está em 114.300 pontos, que é um topo formado em janeiro, e acredito em teste nesse ponto para as próximas semanas”, diz ela.
Pam ressalta que, enquanto se manter acima dos 97.000 pontos, o Ibovespa segue em lateralização, com extremidade na resistência dos 121.000 pontos.
Em suma, acrescenta Pam, com o Ibovespa acima do 108.200 pontos, ele segue em tendência de alta no curtíssimo prazo.
“Se usarmos uma projeção de Fibonacci do pivô de alta, no gráfico diário [veja abaixo], o Ibovespa já se aproxima ‘dos 100%, que está em 112.800 pontos‘. Caso comece a falhar de rompimento, o topo anterior, em 111.600 pontos, pode indicar uma correção mais profunda, mas, por enquanto, segue na compra no curtíssimo prazo”, diz ela.
Ibovespa em tendência de alta
Para Gilberto Coelho, analista técnico da XP, o Ibovespa vai se mantendo em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias, mas esbarrou numa resistência nos 111.700 pontos.
“Acima dos 111.700 pontos teria projeções em 114.800 ou 120.000. O sinal de realização seria retomado com a perda dos 108.500, mirando suportes em 104.400 ou 101.000“, destaca Coelho.
Em relatório de análise técnica, o Itaú BBA destacou que o Ibovespa, em seu último fechamento, testou a resistência inicial, em 111.650 pontos, e, se conseguir passar por esse obstáculo (ao longo dos próximos pregões), o “movimento de realização ficará para trás, abrindo caminho para um impulso de alta em direção aos 114.900 pontos”.
Do lado da baixa, o primeiro suporte está em 109.600 pontos, reforça o BBA. “Abaixo deste, o índice poderá cair e encontrar próximos níveis de suporte em 108.500, 106.300 e 105.500 pontos, que são importantes para manter o índice em alto no curto prazo”, completa.
Por fim, a Genial destaca que o Ibovespa, no fechamento da semana passada, se aproximou da resistência imediata, que fica em 111.640 pontos.
“Se romper essa resistência irá confirmar um novo pivô de alta, traçado em azul no gráfico abaixo, com alvos em 114.320 (resistência muito forte) e 118.180 pontos (projeção de 61,8% de Fibonacci no pivô). Já os próximos suportes ficam em 108.550, 108.000 (MME21) e 101.060 pontos.”
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