Token esperado há 2 anos sobe 200% no lançamento, mas afunda 74% em horas e deixa usuários sem nada

Há cerca de dois anos, a Flare Network, um protocolo cripto cuja missão é aumentar a interoperabilidade entre as blockchains, prometeu enviar unidades de seu token nativo, chamado FLR, para detentores da XRP, sexto ativo digital mais valioso do mundo.

Foi só na noite de segunda-feira (9), no entanto, que o projeto começou de fato a encaminhar os ativos prometidos por meio de um airdrop, nome pelo qual são conhecidos os eventos de distribuição gratuita de ativos digitais.

Mais de 4,28 bilhões de tokens FLR foram enviados a quem detinha pelo menos 1 XRP em dezembro de 2020. O airdrop foi realizado na proporção de um para um, o que significa 1 FLR foi encaminhado para cada 1 XRP mantido em carteira.

Os tokens distribuídos atualmente representam 15% da quantidade total de unidades do ativo. O restante está programado para ser distribuído nos próximos três anos.

Os tokens valiam US$ 0,05 no momento da distribuição na exchange MEXC Global. Logo depois, as exchanges OKX e Kraken também começaram a participar do airdrop, e o preço do ativo digital disparou 200%, alcançando US$ 0,15, mostram os dados do agregador CoinGecko.

Na sequência, no entanto, o criptoativo caiu para apenas US$ 0,02 centavos e, no momento da publicação deste texto, valia menos de US$ 0,04 centavos, uma perda acumulada de cerca de 74% em questão de horas. Na manhã desta terça-feira (10), os tokens acumularam aproximadamente US$ 34 milhões em volumes de negociação.

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O Flare, que inicialmente pretendia se tornar um aplicativo financeiro descentralizado (DeFi) que utilizava tokens XRP, gradualmente fez a transição para uma blockchain independente e provedor de oráculos (dados externos), rivalizando com a Chainlink (LINK).

Embora o token seja novo, a rede Flare já estava funcionando e atendeu a mais de 268 milhões de solicitações para dados e transações na semana passada, disse o vice-presidente de engenharia do projeto, Josh Edwards, em uma publicação no Twitter ontem.

Os detentores de FLR poderão votar nos fóruns de governança da Flare, além de influenciar no modelo dos próximos airdrops, e propor outras mudanças no projeto.