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SÃO PAULO (Reuters) – O grupo siderúrgico latino-americano Ternium colocou a usina fluminense Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) no centro de sua estratégia de reestruturação, avaliando que a economia brasileira e o consumo de aço no país passará por rápida recuperação nos próximos anos.
Em reunião com investidores nesta quinta-feira, o presidente-executivo da Ternium, Daniel Novegil, afirmou que a CSA “é a aposta da Ternium para os próximos anos e vai reinventar a companhia”.
A Ternium, uma das controladoras da Usiminas, anunciou a compra da CSA, do grupo alemão Thyssenkrupp, por 1,5 bilhão de euros em fevereiro. A operação precisa ainda passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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A CSA tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas anuais de placas de aço, e a compra incluiu contrato de fornecimento de 2 milhões de toneladas por ano para a usina de laminação de Calvert, nos Estados Unidos.
Segundo Novegil, a Ternium não pretende mudar o foco exportador da CSA e vai manter o contrato de fornecimento de placas para Calvert.
“Uma das metas da Ternium nos próximos 5 anos é integrar a capacidade da CSA à cadeia industrial global da companhia”, disse o executivo durante o encontro realizado em Nova York. “A CSA é uma parte importante na reestruturação da Ternium, no reposicionamento de mercado e na busca por novas oportunidades para crescimento”, acrescentou, segundo declarações repassadas à Reuters pela empresa.
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No encontro com investidores, executivos da Ternium afirmaram que a compra da CSA deverá elevar a relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para entre 1,5 e 1,75 vez no terceiro trimestre deste ano. No primeiro trimestre, o indicador estava em 0,5 vez.
Sobre a participação da Ternium na Usiminas e a disputa de poder que ocorre desde 2014 envolvendo a sócia Nippon Steel, Novegil afirmou que a Ternium está otimista sobre uma solução para a governança da siderúrgica brasileira.
“Eles (Nippon Steel) são profissionais, nós respeitamos eles, acredito que estamos trabalhando com progresso nisso. Estamos otimistas quanto ao desenvolvimento da Usiminas e estamos trabalhando fortemente para encontrar uma forma de acordo”, disse o Novegil.
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(Por Alberto Alerigi Jr.)
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