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O Credit Suisse elevou a recomendação para as ações da construtora Tenda (TEND3) de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), após avaliar que o “pior já passou”. O preço-alvo passou de R$ 9 para R$ 11, o que representa um potencial de valorização de 49,9% frente a cotação de fechamento de quinta-feira (18), de R$ 7,34.
Com isso, as ações TEND3 fecharam em alta de 5,99%, a R$ 7,78, na sessão desta sexta-feira (19).
Segundo o relatório, a maior parte dos gargalos de execução já foram resolvidos e a empresa está bem posicionada para retomar a lucratividade.
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As margens da construtora devem convergir para o nível de 30% registrado no passado ao longo deste e dos próximos anos, conforme estimativas do Credit Suisse.
O time de análise do banco ressalta que o consenso da Bloomberg não está tão otimista com o processo de recuperação da empresa, prevendo um lucro líquido de R$ 54 milhões para 2024 contra R$ 103 milhões estimados pelo Credit Suisse, podendo suscitar revisões para cima.
“Com as margens brutas de novas vendas chegando a 31%, agora estima-se que a margem bruta convergirá para 27% neste ano e será mantida nesse nível. Além do mais, vale destacar foi usado um custo de capital de 18% para a companhia, cerca de 200 pontos-base acima dos pares, para considerar os riscos do processo de turnaround. Tendo em vista que as ações das construtoras têm uma correlação de cerca de 90% com os juros de longo prazo, e que nossa equipe macroeconômica ficou mais otimista com as perspectivas para o ano, podemos potencialmente ver uma revisão para baixo no custo de capital também sendo um catalisador para o papel este ano”, avaliam.
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O Credit Suisse ainda ressalta que o processo de recuperação da Tenda deve ser bem-sucedido e vê um grande potencial de revisões de ganhos com a materialização de ventos favoráveis para o segmento de baixa renda.
Com relação aos riscos, analistas destacam alteração da remuneração do FGTS, recuperação mais demorada e maiores custos.
Para os analistas, não se pode descartar que a Tenda esteja passando por um processo de turnaround muito desafiador, não sendo um processo fácil recuperar as perdas que a empresa enfrentou nos últimos anos. Além disso, a empresa pode precisar continuar vendendo seus recebíveis sem garantia a taxas de desconto menos atrativas para não ultrapassar o covenant (cláusulas de garantia em contratos de financiamento ou empréstimos que servem para proteger os interesses dos credores) de dívida estabelecido.
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Sendo a Tenda a empresa mais exposta a clientes de baixa renda, a empresa pode ser a mais afetada caso as mudanças do FGTS que encarecem o Minha Casa Minha Vida sejam aprovadas. No entanto, veem um risco baixo numa deterioração significativa do programa. Desse modo, Pedro reforça a visão positiva para as construtoras de baixa renda, com a seguinte ordem de preferência: (1) MRV (MRVE3), (2) Direcional (DIRR3) e (3) Tenda.
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