Tem filme sobre Bolsa estreando nos cinemas… Isso é bom para o mercado?

Quando Hollywood percebe a existência de Wall Street, geralmente os principais índices da bolsa de lá recuam

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O filme “O Lobo de Wall Street“, com Leonardo DiCaprio, chegará às telas no Brasil nesta sexta-feira (24), mas já é um sucesso nos Estados Unidos – recebendo, inclusive, a nomeação para o Oscar de melhor filme de 2013. Mas o efeito na bolsa norte-americana não deve ser bom: quando Hollywood percebe a existência de Wall Street, geralmente os principais índices da bolsa de lá recuam. 

Isso ocorreu com o filme Wall Street, de 1929, seu homônimo mais famoso Wall Street, de 1987, O Primeiro Milhão, no ano de 2000 e com Wall Street II: O Dinheiro Nunca Dorme, continuação de 1987, que saiu em 2010. Esse último ainda conseguiu a proeza de ser autorizado em outubro de 2008 – justamente quando a bolsa norte-americana estava entrando na pior crise desde 1929.

Se Hollywood notou a existência de Wall Street durante a forte alta, mas só conseguiu produzir um filme quando ela já estava em baixa. Não é menos sortudo do que o de 1987, que saiu logo antes da bolsa norte-americana registrar uma de suas piores quedas mensais da história. A bolsa recuperou logo depois, mas o susto foi grande. 

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A exceção fica com a comédia Trocando as Bolas, protagonizada por Eddie Murphy e Dan Aykroyd, de 1982 – ano em que a bolsa norte-americana iniciou uma espetacular sequência de altas que só terminou em 1987. Mas o filme falava do mercado de commodities e não de ações, de forma a evitar a maldição que foi colocada na bolsa norte-americana. 

Confira o gráfico:

Filmes DJI
Fonte: ProfitChart RT
*Wall Street (1929) excluído do gráfico 

E no Brasil?
Não que nosso cinema seja muito mais sortudo. As últimas duas obras que tratam de bolsa e finanças por aqui, embora não como tema centrais, também não trouxeram resultados positivos: O Homem do Futuro e Até que a Sorte nos Separe foram patrocinados por duas grandes corretoras e saíram em 2011 e 2012, respectivamente – anos complicados para a bolsa brasileira, cheios de volatilidade. 

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O primeiro aborda o tema bolsa de maneira mais explícita, já que o personagem de Wagner Moura fica rico ao voltar do futuro e investir em ações – e, sem querer, mostra a pobreza de opções de nossa bolsa: fica rico com ações do Google. O segundo é uma comédia que trata do descontrole financeiro do personagem de Leandro Hassum e sua família, e também não trouxe bons ares para a bolsa brasileira.

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