Suzano (SUZB3) elevará preços de celulose na Ásia em fevereiro e analistas reforçam otimismo com empresa; ação sobe 3%

Este é o terceiro aumento de preço anunciado pela Suzano recentemente na região

Lara Rizério

Fachada da Suzano em Três Lagoas (Foto: Divulgação)
Fachada da Suzano em Três Lagoas (Foto: Divulgação)

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A Suzano (SUZB3) anunciou nesta quarta-feira (12) que aumentará os preços da celulose de fibra curta na Ásia em US$ 50 a tonelada para pedidos de fevereiro, segundo a Fastmarkets RISI, principal provedora global de dados dos mercados de commodities e da indústria de base florestal.

A Suzano confirmou a informação, mas não revelou para quanto o preço da commodity foi elevado.

Com a notícia, os papéis subiram 3,51%, a R$ 61,62, em um dia também positivo para o Ibovespa.

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Este é o terceiro aumento de preço anunciado pela Suzano recentemente na região. Ela já havia implementado um aumento de preço de US$ 20 por tonelada no início de dezembro, seguido por um aumento de US$ 30 a tonelada em janeiro.

Em meio ao anúncio, analistas de mercado reforçaram o otimismo com a ação.

O Morgan Stanley destacou esperar recuperação nos preços após a notícia.

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“Vemos os preços da celulose subindo ao longo do segundo trimestre de 2022, à medida que as restrições de demanda de papel na China diminuem e um novo ciclo de reabastecimento se desenrola”, diz a análise.

Eles ainda complementam: “baixos estoques de celulose de fibra curta na China, melhores taxas operacionais para os produtores locais de papel e persistentes restrições logísticas globais estão fornecendo suporte para os produtores de celulose aumentarem os preços”. Os analistas do Morgan reiteram recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 65, correspondendo a um potencial de valorização de 9% em relação ao fechamento da véspera.

O Itaú BBA destacou ver a informação como importante, já que não esperava um avanço tão forte vindo na sequência de altas recentes. “Mesmo assim, acreditamos que a implementação desse novo aumento será bem-sucedida, uma vez que a demanda vista no mês de janeiro na Ásia foi bastante forte e porque a disponibilidade dos estoques na China está baixa”, avalia. O banco também reiterou recomendação de compra com preço-alvo de R$ 74, ou potencial de alta de 24% frente o fechamento de quarta.

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A Suzano, por sinal, é a top pick do setor pelo Bradesco BBI, que possui preço-alvo de R$ 90 para o ativo SUZB3, ou potencial de alta de 60%.

Para os analistas, o anúncio superou até mesmo as  expectativas mais otimistas da casa em termos de magnitude (estavam projetando um aumento de US$ 20 a US$ 30 por tonelada em fevereiro) e tempo (os anúncios de preços para o mês seguinte geralmente são feitos na última semana do mês anterior de vigência dos preços).

“Ambos os fatores apontam para condições de mercado mais fortes do que o esperado na China. De fato, a dinâmica de oferta e demanda de celulose no início de 2022 é saudável, pois a combinação de muitas paradas para manutenção na América Latina (reduzindo em cerca de 250 mil toneladas de produção de celulose de fibra curta) e interrupções contínuas no fornecimento (greves na Finlândia, gargalos logísticos) devem ajudar a manter o fornecimento mais apertado, enquanto a demanda ainda está saudável na Europa e melhorando na China”, apontam.

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(com informações da Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.