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A semana que se inicia promete ser agitada demais para os mercados: dia 20 acontece a chamada “Super Quarta”, quando saem as decisões de política monetária tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil.
Enquanto no Brasil, a dúvida se concentra na magnitude do corte da Taxa Selic, nos EUA a aposta majoritária é na manutenção dos Fed Funds, atualmente entre 5,25% e 5,50%.
O que o mercado vai olhar como uma lupa, porém, são os comunicados que vão justificar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e seu equivalente nos EUA, o Federal Opem Marker Committee (Fomc).
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Mais do que o resultado em si, desta “Super Quarta”, analistas, economistas e investidores buscam nas entrelinhas é tentar antecipar quais serão os próximos passos das autoridades monetárias.
Além destas decisões, a semana contará ainda com a divulgação de importantes dados macroeconômicos. Confira os detalhes a seguir.
Copom e Fed anunciam juros
Por aqui, o esperado por analistas é que o Banco Central corte novamente a Selic em 50 pontos-base, para 12,75%. A decisão acontece após o fechamento do pregão do dia 20, por volta das 18h30.
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“Vemos o comitê reforçando que, por enquanto, há apoio unânime para a manutenção desse ritmo, descartando, portanto, uma discussão sobre reduções mais rápidas das taxas no curto prazo”, escreve o Itaú BBA, em relatório.
Para o time do banco brasileiro, o BC irá permanecer no seu caminho moderado, ancorando as expectativas e segurando a flexibilização de olho na inflação.
“Contudo, para além da próxima reunião, acreditamos que a dinâmica mais benigna da inflação dos serviços e o esperado abrandamento da atividade económica (que deverá tornar-se mais perceptível durante este segundo semestre do ano) permitirão cortes maiores”, analisam.
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Nos Estados Unidos, que está em outro momento do ciclo, o consenso prevê que a taxa continue onde está no intervalo que vai de 5% a 5,25%. A decisão do banco central americano sai às 15h e Jerome Powell, presidente do Fed, fala com a imprensa na sequência.
Em suas falas, o mercado espera que o presidente da instituição possa dar pistas sobre os próximos passos do Fed na reunião de novembro, à luz dos últimos dados econômicos dos EUA, como o de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e vendas do varejo virem acima do esperado nesta semana.
Conforme o CME FedWatch, até o fechamento dos pregões em NY da última sexta, 98% do mercado apostava na manutenção dos juros em 20 de setembro. Para a reunião de novembro, 72,3% projetam manutenção dos Fed Funds, mas 27,1% apostam em uma alta de 0,25 pontos base, à faixa entre 5,50% a 5,75%.
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Prévia do PIB no Brasil
Entrando nos dados macroeconômicos, a semana conta, no Brasil, com a divulgação do IBC-Br, considerado “a prévia do PIB”, na segunda, às 9h. O consenso do mercado é de uma alta de 0,2% na base mensal e que o número fique estável no ano.
Ainda na segunda há a divulgação do IPG-10, às 8h, com o consenso projetando um avanço de 0,28% no ano e um recuo de 6,30% no ano.
Nos EUA, o destaque fica para os dados do mercado imobiliário, que sinalizarão como está a economia do país. Na terça-feira, ás 9h30, a divulgação das licenças de construção e do número de construções de habitações iniciadas, ambos de agosto, deverão mostrar que o mercado imobiliário está estabilizando
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Fora isso, investidores ficarão de olho também na divulgação dos novos pedidos de seguro-desemprego, na quinta, às 9h30, e na venda de casas usadas, às 11h00.
Europa e Reino Unido
Na Europa, há a divulgação da inflação ao consumidor da Zona do Euro na terça, às 6h. O número será referente a agosto e o esperado é uma alta de 0,3%.
Quinta-feira passada, o Banco Central Europeu elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,50%.
Em seu comunicado, autoridade monetária europeia afirmou que a inflação continua a diminuir, mas espera-se que ela continue demasiado elevada por mais tempo.
Assim, o Comitê decidiu reforçar seu compromisso de garantir que a inflação regresse ao objetivo de médio prazo de 2%.
No Reino Unido, os dados da inflação de agosto são divulgados na quarta, um dia antes de o Bank of England trazer sua decisão monetária.
Ásia
Na China, que puxou o mercado brasileiro na última semana, o destaque desta semana é a decisão do PBoC sobre as taxas prime de empréstimo de 1 ano e 5 anos, marcada para o fim da noite de terça.
Considerando que a taxa de empréstimo de médio prazo de 1 ano permanece em 2,50% após ações recentes, espera-se que as taxas prime mencionadas se mantenham em 3,45% e 4,2%.
Os números econômicos chineses recentes mostraram progresso, com as vendas no varejo em agosto subindo 4,6% no ano e a produção industrial crescendo 4,5% na mesma base, o que, para especialistas, pode resultar em preocupações reduzidas com a deflação e recuo da economia.
Por fim, no Japão, a atenção se volta para os dados de inflação, às 20h30 da quinta, e para a postura monetária do Bank of Japan (BoJ). Com o Governador do BoJ, Ueda, insinuando uma possível mudança de política, um aumento da taxa de juros pode vir até o primeiro trimestre de 2024.
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