Sondagens indicam que Berlusconi não ganhará eleições e animam investidores

Bolsa italiana chegou a subir 4% nesta segunda-feira com possibilidade de menor fragmentação política; contudo, outras pesquisas sinalizando que Berlusconi está na frente geraram volatilidade ao mercado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os investidores se mostraram animados nesta segunda-feira (25) com as sondagens iniciais da eleição da Itália, que indicam que o ex-primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, deve acabar em segundo lugar nas eleições parlamentares do país. Com isso, a expectativa é de que seja bastante improvável que ele tenha lugar no próximo governo italiano. 

Apesar dos resultados preliminares nem sempre se serem confiáveis, a indicação é de que a coalizão de centro-esquerda, liderada por Pier Luigi Bersani, esteja no caminho para a vitória. Isso sem precisar contar com a ajuda do atual primeiro-ministro demissionário, Mario Monti, o que foi visto como um sinal positivo para o mercado. 

Analistas advertiram que os resultados de boca-de-urna nem sempre são confiáveis, mas indicam que uma coalizão de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrático, cujo chefe é Pier Luigi Bersani, estava no caminho certo para a vitória – com ou sem a ajuda do atual primeiro-ministro Mario Monti – como um sinal positivo. Com isso, a bolsa da Itália operava, por volta das 13h30 (horário de Brasília), com ganhos de 0,64%, após terem chegado a subir 4%; esta desaceleração dos ganhos reflete algumas outras pesquisas apontando que o partido de Berlusconi está na liderança das eleições parlamentares.

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A coalizão de Bersani levaria para uma maioria de 340 cadeiras na Câmara dos Deputados e de 156 assentos no Sentado. Se necessário, o líder do partido de centro-esquerda espera ganhar 21 cadeiras do Senado ao se juntar ao grupo de Monti, o que diminui as perspectivas de um governo fragmentado. 

Vale ressaltar que os temores eram muito fortes com relação à uma possível volta de Berlusconi ao poder, devido ao seu discurso anti-euro, que ganhou forças nas últimas semanas em meio ao descontentamento com a situação econômica italiana. Assim, caso Berlusconi ganhasse as eleições, o discurso seria de fragmentação frente à União Europeia, o que afetaria os mercados. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.