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SÃO PAULO – Prestes a completar 18 anos de sua entrada na bolsa brasileira, a CSU (CARD3) tem conseguido entregar bons resultados nos últimos anos, mesmo diante da crise, mas tem tido uma dificuldade em seu reconhecimento pelo mercado em um cenário em que cada vez mais empresas de tecnologia realizam Ofertas Públicas Iniciais de ações (IPOs).
Segundo José Leoni, diretor de Relações com Investidores e de Fusões e Aquisições da CSU, a companhia tem tentado mostrar para os investidores que está negociando com um desconto muito grande quando comparada com outros integrantes do setor de tecnologia.
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“Hoje a CSU gera mais de R$ 130 milhões de Ebitda e tem um valor de mercado próximo de R$ 700 milhões, ou seja, nós negociamos a um múltiplo extremamente descontado, de cerca de 5 vezes EV/Ebtida (Valor da Firma Total dividido pelo potencial de geração de caixa), enquanto tem companhias realizando ofertas e negociando a 30x, 40x, até 60x EV/Ebitda, ou seja, é um desconto de até 90% em relação a elas”, disse durante live do InfoMoney.
A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
Para o executivo, o valuation da companhia está bastante descolado de seus fundamentos e a CSU não entende por que isso está acontecendo. “Somos a empresa de tecnologia que, com certeza, está com o valuation mais descontado entre todas as empresas listadas no Brasil […] Mas eu acredito que em algum momento esse desconto deva sumir e a CSU será precificada de forma mais justa”, avalia.
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A CSU encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 46,78 milhões, uma alta de 74,3% na comparação com 2019, ao passo que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 25,7% na mesma base de comparação, para R$ 130,79 milhões.
Entre os principais temas abordados na live, Leoni, junto com Ricardo Leite, Diretor Estatutário de RI da empresa, comentaram também sobre as estratégias da companhia na parte de fusões e aquisições, que faz parte da estratégia de crescimento da CSU.
“Efetivamente, a condição de fusões e aquisições e crescimento inorgânico se tornaram palavras de ordem em questão estratégica da companhia”, afirma Leite, destacando, porém, que até alguns anos atrás haviam muitas dificuldades para seguir nessa linha.
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O executivo cita, por exemplo, na área de processamento de cartões, por conta do momento tecnológico da época, que o mercado já estava bastante consolidado entre as empresas processadoras de cartões ou de adquirentes, o que reduzia as opções de crescimento inorgânico.
Por outro lado, Leite aponta que, nos últimos 18 meses, com as mudanças regulatórias e de tecnologia, essa estratégia de crescer com aquisições voltou a se tornar uma boa opção para a companhia.
Com o novo cenário, o diretor da CSU lembra de uma oferta subsequente de ações que iria fazer em 2020, mas que acabou adiada por conta do cenário econômico. Ele ressalta que a empresa ainda pretende fazer esta operação, que irá ajudar na execução do plano de fusões e aquisições que devem ocorrer nos próximos meses. Assista à live completa acima.
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