Somando 433 operações, fusões e aquisições batem recorde no 1º semestre

Pesquisa da KPMG aponta QUE crescimento da participação de estrangeiros neste tipo de operação contribuiu para resultado

Nara Faria

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SÃO PAULO – O número de fusões e aquisições de empresas brasileiras alcançou novo recorde de operações no primeiro semestre de 2012, em grande parte motivado pelo significativo crescimento da participação de estrangeiros neste tipo de operação, apontou a Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG revelada nesta quarta-feira (4). 

“O apetite dos estrangeiros comprando empresas no Brasil foi maior do que o dos próprios brasileiros neste primeiro semestre, situação que nunca havíamos visto até então”, afirma Luis Motta, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil e responsável pela pesquisa.

De acordo com a pesquisa divulgada trimestralmente, os seis primeiros meses do ano somaram 433 operações, 54 a mais que o resultado de igual período em 2011, com 379 transações. Os números revelam uma variação de 14,2%. Segundo Motta, esse movimento ganhou força no segundo trimestre do ano, com 126 transações, contra 99 dos três primeiros meses de 2012. Já em relação às operações de brasileiros houve estabilidade, com 90 negócios mais recentes, contra 93 no primeiro trimestre. 

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Do total de operações feitas especificamente no Brasil, 225 envolveram empresas estrangeiras na ponta compradora, incluindo operações CB1 (empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil) e CB4 (empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil).

Já os brasileiros somaram 183 negócios, sendo 166 domésticos e 17 do tipo CB3 (empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil). 

Participação por segmentos
Segundo a pesquisa, a participação estrangeira ganhou força inclusive em setores em que a presença brasileira foi tradicionalmente majoritária, como é o caso do ramo de TI (Tecnologia da Informação). Dos 50 negócios deste segmento, 31 envolveram empresas estrangeiras na ponta compradora.

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Outros segmentos que tiveram destaque nesta análise foram os de alimentos, bebidas e fumo; empresas prestadoras de serviços; agências de publicidade; mídia e telecomunicações; química e petroquímica; farmacêutico; empresas de internet; e equipamentos eletrônicos.

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