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SÃO PAULO – O radar corporativo inicia movimentado nesta segunda-feira, depois de semana mais curta por conta do feriado do Dia da Consciência Negra na sexta-feira, que manteve a Bovespa fechada.
Nos principais destaques, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na sexta-feira que não vê necessidade imediata de um aporte de capital na Petrobras (PETR3; PETR4), embora não tenha descartado que isso venha a ocorrer no futuro, afirmando que a estatal tem dinheiro para uma quantidade de tempo razoável.
Segundo ele, há uma série de aspectos que precisam ser levados em conta antes de se considerar uma injeção de recursos na petroleira brasileira, uma das empresas mais endividadas do mundo.
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Os comentários de Levy, feitos nos bastidores de uma conferência sobre infraestrutura na região de San Francisco, foram feitos após reportagens na imprensa brasileira de que haveria discussões preliminares para um socorro da União à Petrobras nos moldes de operações feitas com bancos públicos nos últimos anos, com o uso de instrumentos híbridos de capital e dívida.
Além disso, o Sindipetro Norte Fluminense, sindicato dos petroleiros que cuida da maioria das plataformas da Bacia de Campos, votou na sexta-feira para encerrar uma greve de 20 dias na Petrobras que vinha interrompendo a produção. A estatal disse nesta manhã que está se normalizando e, no período da greve, deixou de produzir 2,29 milhões de barris de petróleo e 48,4 milhões de metros cúbicos de gás natural foram indisponibilizados. Apesar do impacto no volume, a Petrobras confirmou a manutenção de sua meta de produção para 2015.
Ainda no radar da estatal, o setor elétrico atrasa o pagamento de R$ 1 bilhão à Petrobras, segundo O Estado de S. Paulo. A Petrobras é a principal credora do mercado de curto prazo de energia elétrica do Brasil. Com os reservatórios do País em baixa, a maioria das 20 usinas que a Petrobras tem à disposição do ONS (Operador Nacional de Energia Elétrica) para garantir o abastecimento do país produziu energia elétrica nos últimos meses.
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Marfrig
A Marfrig Global Foods (MRFG3) foi a única companhia alimentícia listada na BM&FBovespa a se beneficiar da decisão da China nesta semana de credenciar mais três frigoríficos produtores de carne bovina a exportar ao país. A empresa conseguiu habilitar a sua unidade em Bagé (RS), de SIF 232, a realizar embarques, e agora conta com três plantas industriais aptas a atender à demanda crescente no mercado chinês. JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3), principais concorrentes da Marfrig, não obtiveram novas credenciais para exportação ao país.
Durante visita da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a Pequim, nesta semana, o governo chinês autorizou, além da Marfrig, plantas industriais da Frisa e do Mataboi, que pertence a José Batista Júnior, irmão de Wesley Batista (presidente da JBS) e de Joesley Batista (presidente do Conselho de Administração da JBS). A unidade da Frisa fica em Nanuque (MG), de SIF 2051, e a do Mataboi, em Araguari (MG), com SIF 177.
A nova credencial deixa a Marfrig mais próxima da JBS que, até o momento, lidera o número de fábricas aptas a exportar para a China, com cinco unidades. A Minerva conta com apenas um frigorífico habilitado a vender carne bovina ao país. Essa diferença, no entanto, deve ser temporária, pois China e Brasil se comprometeram em agilizar a habilitação por amostragem de grupos de plantas.
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Alpargatas
A Alpargatas (ALPA4) confirmou nesta manhã que a J&F, controladora da JBS, concordou em pagar R$ 2,667 bilhões pelo controle da companhia, dona da marca Havaianas. O valor representa R$ 12,85 por ação – tanto ordinária quanto preferencial – hoje nas mãos da Camargo Corrêa. Em comunicado enviado à CVM, a J&F informou que não tem a intenção de promover, no prazo de 1 ano, o cancelamento do registro de companhia aberta da Alpargatas.
A Camargo Corrêa começou conversas com vários fundos de investimento nos últimos meses. No início de novembro, cerca de dez deles apresentaram ofertas não vinculantes para a compra do controle da Alpargatas, dona da marca Havaianas. Ou seja: demonstraram interesse, mas não se comprometeram a fazer a aquisição. Os fundos americanos de participação em empresas Carlyle, Advent, KKR e H.I.G. estavam entre os que olharam o negócio, mas não foram à frente.
Metalúrgica Gerdau
A Metalúrgica Gerdau (GOAU4), holding da Gerdau, comunicou nesta manhã que as contas e fundos administrados pela FMR LLC adquiriram 41 milhões de ações preferenciais da companhia, que representa 6,77% das ações preferenciais emitidas pela holding.
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Cetip
O conselho de administração da Cetip (CTIP3) aprovou autorização para que a diretoria da empresa realize a contratação de assessores financeiros para auxiliar o colegiado e a companhia na análise da proposta não-vinculante de fusão feita pela BM&FBovespa, conforme antecipou o Broadcast ontem. A aprovação foi votada em reunião realizada na última quinta-feira, conforme a ata do encontro enviada à CVM.
Randon
A Randon (RAPT4) informou que sua receita líquida atingiu R$ 316,9 milhões em outubro, queda de 1,9% quando comparado com o mesmo mês de 2014. No acumulado do ano até o mês passado, a receita líquida totalizou R$ 2,601 bilhões, 18,5% menor do que no ano anterior.
Fras-Le
Já a Fras-Le (FRAS3), controlada pela Randon, informou que atingiu no mês passado receita líquida de R$ 82,3 milhões, 46,1% maior do que no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a receita líquida totalizou R$ 720 milhões, alta de 13,5%.
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Trisul
A Trisul (TRIS3) aprovou a recompra de até 2,7 milhões de ações ordinárias no período de 12 meses.
Paraná Banco
O Paraná Banco (PRBC4) aprovou a emissão de até R$ 250 milhões em letras financeiras.
Somos Educação
A Thunnus anunciou OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da Somos Educação (SEDU3) por R$ 13,76 por ação, ou 2,6% acima do valor de fechamento da última quinta-feira.
IRB
O Itaú Unibanco e a BB Seguridade informaram nesta segunda-feira pedido para suspensão por 60 dias da oferta pública inicial de ações (IPO) da resseguradora IRB Brasil Re. O pedido de interrupção da operação foi protocolado em 19 de novembro após deliberação pelo Conselho de Administração do IRB.
Em outubro, uma fonte havia afirmado à Reuters que o IPO da resseguradora havia sido suspenso por conta das condições desfavoráveis do mercado. Alguns dias antes, o IPO da Caixa Seguridade também havia sido interrompido pelo mesmo motivo. A operação do IRB Brasil é liderada por Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e JP Morgan.
O IRB foi um monopólio estatal por sete décadas até que o governo federal abriu o mercado de resseguros do país para a competição em 2007. Agora, possui entre seus acionistas, além da União, BB Seguridade, Bradesco Auto Re Companhia de Seguros, Itaú Seguros, Itaú Vida e Previdência e o Fundo de Investimento em Participações Caixa Barcelona, que juntos detêm mais de 90 por cento do capital social da empresa.
Sanepar
A Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, confirmou na semana passada a renovação do contrato com a Sanepar (SAPR4) na prestação de serviços de água e esgoto pelos próximos 30 anos. Nesse período, a companhia deve investir mais de R$ 1,6 bilhão em infraestrutura de saneamento básico na cidade.
Portobello
A Portobello (PTBL3) aprovou a emissão de R$ 200 milhões em debêntures.
Teka
A Teka (TEKA4) convocou assembleia geral extraordinária para dia 10 de dezembro para votar grupamento de ações.
(Com Reuters e Agência Estado)
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