Société Générale reduz projeção para o crescimento econômico global

SÃO PAULO – O Société Générale revisou para baixo suas projeções de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) global em 2012, com base na deterioração do cenário europeu e a desaceleração econômica de emergentes de peso, como a China.

No geral, o banco projeta uma expansão menos robusta para a economia do planeta: 3,4%. No relatório divulgado em janeiro deste ano, a expectativa era de alta de 3,9%para 2012. O maior arrefecimento vem dos países emergentes, cujas estimativas de crescimento passaram de 6,2% para 5,5%. Já para os países desenvolvidos, a instituição acredita em aumento de 1,4% – ante 1,7% da previsão anterior.

Para a União Europeia, a instituição espera retração de 0,4% em 2012, ante a projeção de expansão de 1,6% feita anteriormente. O resultado é pressionado, principalmente, pelo arrefecimento do nível de atividade na Alemanha e na França, além de fortes perdas na Espanha e Itália.

“A saída da Grécia da Zona do Euro é uma forte possibilidade, mas independentemente da escolha que o país fizer, esperamos que os governantes do bloco respondam pulverizando riscos. Ainda assim, medidas viriam a partir de setembro, deixando o mercado bastante vulnerável até então”, aponta o Société em relatório.

China pisando no freio
A segunda maior economia do planeta, a China, também deve desacelerar mais este ano. Segundo as novas estimativas do banco, o país crescerá 7,9%, e não 9,2% como previa a instituição anteriormente, tendo em vista que o governo chinês não pretende afrouxar a política econômica. 

“Não há expectativas quanto ao lançamento de novos estímulos por parte do governo chinês, como ocorreu na crise do subprime”, destaca o banco.

EUA e Japão: as exceções
Na contramão estão Estados Unidos e Japão, que tiveram suas projeções revisadas para cima. A economia americana tende a crescer 2%, já a japonesa poderá registrar alta de 2,% – contra uma retração de 0,4% estimada no relatório passado do banco. 

Ainda assim, o Société faz um alerta. “A crise da dívida na Europa é o fator de maior imapcto para as futuras projeções, seguida do declínio fiscal norte-americano e da rigidez da política econômica chinesa. Eventuais revisões para cima só serão possíveis com o anúncio de novos esforços por parte de cada governo, em prol do ganho de credibilidade nos mercados”.