Société Générale pede por mais integração entre membros da Zona do Euro

Banco espera por mais ações dos líderes europeus a fim de resolver problemas econômicos dos países periféricos, como Espanha

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com apenas um dia para a reunião dos líderes da União Europeia, as expectativas crescem em torno dos possíveis acordos que podem surgir para amenizar a situação dos países problemáticos do bloco de moeda única.

Com a Espanha sendo a bola da vez, os olhares recaem sobre os desafios do governo, enquanto o mercado observa o rendimento dos títulos públicos espanhois atingirem patamares insustentáveis – acima dos 7% -, além da elevação da dívida nacional e regional, alta taxa de desemprego e queda nos preços dos imóveis. 

Com isso, os economistas do Société Générale traçam alguns possíveis cenários na tentativa de restaurar as economias dos países periféricos do bloco, como os líderes da UE concordarem em reduzir as medidas de austeridade, decidindo pelo aumento do ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização). Porém, se nada for feito, eles ressaltam que pode deixar aberta a porta para a tão temida saída das nações do euro. 

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Intervenções do BCE
Os analistas acreditam ainda ser necessário mais intervenções do BCE (Banco Central Europeu), que pode ajudar a melhorar as condições de crédito da Espanha, como nova rodada do LTRO (Operação de Refinanciamento de Longo Prazo, na sigla em inglês) ou o SMP (Programa de Mercados de Títulos, na sigla em inglês). Entre o final de 2011 e começo de 2012, o BCE inundou o sistema financeiro com mais de € 1 trilhão em duas operações de empréstimos de três anos – conhecido como LTRO.

Outro ponto ressaltado pelos economistas é a união bancária na Zona do Euro, tendo em vista que os CDSs (Credit Default Swap) dos bancos espanhóis e italianos estão em patamares mais baixos do que os seus respectivos países, o que siginifica que seus sistemas financeiros são considerados menos arriscados do que os próprios governos. 

Com isso, os bancos da Itália e Espanha estão sendo afetados negativamente por essa discrepância, enquanto enfrentam maiores rendimentos das dívidas soberanas, prejudicando suas condições de financiamento. O que gera uma situação que contribui para que os bancos italianos e espanhóis se tornarem cada vez mais dependentes do suporte do BCE, finalizaram os economistas do Société Générale. 

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