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Na próxima sexta-feira (1), a B3 anunciará a primeira prévia do segundo rebalanceamento do Ibovespa de 2022 – que passará a valer a partir do próximo dia 2 de maio e vai vigorar até 2 de setembro. Todos os anos, a bolsa brasileira faz três revisões para verificar quais ativos devem passar a compor o índice, levando em conta fatores como o histórico de volume de negociação, o número de ações negociadas e o total de papéis da companhia listados na bolsa.
Com um bom histórico de como funciona o rebalanceamento do Ibovespa – que nos cinco anos incluiu 34 nomes e retirou três -, analistas fizeram vários estudos sobre quais empresas podem entrar ou sair do índice.
De maneira geral, por enquanto, as ações ordinárias da SLC Agrícola (SLCE3) são as favoritas para começarem a compor a lista do Ibovespa. Em relatórios do Bank of America, da XP Investimentos e do Morgan Stanley, a ação da produtora de soja, milho e algodão é unanimidade entre os analistas.
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“Estimamos que o SLCE3 possa atender aos requisitos de negociabilidade para inclusão nesta revisão por uma pequena margem, mas até então ela está próxima da fronteira”, afirmam os analistas do BofA, em relatório publicado na última sexta.
A XP Investimentos vai na mesma linha, colocando as ações ordinárias da SLC Agrícola com probabilidade média de compor o índice.
O Morgan Stanley destaca, além da SLC, Porto Seguro (PSSA3), Arezzo (ARZZ3) possuindo índices de negociabilidade – que apontam o grau de negociação de um ativo no mercado de capitais – próximos aos critérios para integrar o índice, vendo assim probabilidade moderada de inclusão.
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Enquanto isso, aponta que Cesp (CESP6), Movida (MOVI3) e Santos Brasil (STBP3) não entraram na lista do banco por uma pequena margem, embora essas ações também tenham uma boa chance de inclusão.
O BofA também cita a Arezzo em uma lista de de “observação para o futuro”, ao lado das ações ordinárias da Porto Seguro, da Movida e da São Martinho (SMTO3), das preferenciais da Raízen (RAIZ4) e das preferenciais tipo B da CESP.
Para a XP Investimentos, Porto Seguro e Raízen, ambas já mencionadas, têm probabilidades baixas de entrar para o Ibovespa no próximo rebalanceamento.
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Confira os prováveis pesos que as ações podem ter no novo Ibovespa
- SLCE3: Para o Morgan Stanley e para o BofA, representará 0,2% do índice e para a XP, 0,19%
- ARZZ3: Para o BofA, ganhariam representatividade de 0,2% do índice
- PSSA3: Para o BofA, ficaria também com 0,2% do Ibovespa, e para a XP, com 0,16%
- RAIZ4: Para a XP, terá 0,35% do índice
Em parte, toda essa movimentação de qual papel pode entrar no Ibovespa é acompanhada de perto pelo fato de uma possível inclusão tender a beneficiar as ações. “Verificamos que: as ações incluídas no índice valorizaram, na média, 10,4% nos 30 dias antes do rebalanceamento”, explica a XP. “Logo após a inclusão no índice, a média dos preços das ações tenderam, porém, a cair ou andar de lado”.
Quais ações provavelmente sairão do Ibovespa
Além de colocar papéis na composição do principal índice da bolsa brasileira, a B3, dentro dos mesmos intervalos, costuma também retirar alguns nomes dele, caso não estejam cumprindo os critérios de elegibilidade.
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Para o BofA, as ações ordinárias da JHFS (JHSF3), da Fleury (FLRY3) e da Engie (EGIE3) podem deixar o índice. “De acordo com nossos cálculos, nenhuma ação deve sair nesta revisão. Elas correm risco de serem excluídas, porém, em revisões futuras se as negociações caírem consideravelmente na comparação com o resto do mercado”, afirmam os analista.
Entre as exigências para a entrada das ações no índice estão: serem ativos negociados com regularidade e terem volume financeiro relevante (participação de pelo menos 0,1% do volume negociado durante o período de vigência das três carteiras anteriores). Além disso, as ações não podem ser “penny stocks“, que são aquelas negociadas a valores inferiores a R$ 1,00.
Para a XP Investimentos, a ação que tem mais chance de deixar o Ibovespa é a unitária da Iguatemi (IGTI11). “A unit foi adicionada no índice em novembro de 2021 como resultado da incorporação de Iguatemi e Grupo Jereissati. Desde então, ela não vem atendendo ao critério de volume negociado, e está muito próximo de deixar de atender ao critérios de Índice de Negociabilidade”, comentam.
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O Morgan Stanley não vê nenhuma companhia sendo retirada da composição atual do Ibovespa.
Mudanças nos pesos
Por fim, além de debater quem entra e quem sai do Ibovespa, os analistas das três casas comentaram também a possibilidade de papéis ganharem ou perderem importância dentro do índice – seguindo, majoritariamente, os mesmos parâmetros.
“Estimamos os possíveis pesos que cada ação deverá ter no índice, com base na capitalização de mercado do free float de cada companhia. As principais mudanças projetadas foram para os papéis ordinários da Vale (VALE3), com o peso saindo de 16,95% para 19,38%, para os da Petrobras (PETR3), saltando de 4,16% para 5,51%, e para os da Rede D’Or (RDOR3), saindo de 1,36% para 2,40%”, comenta a XP Investimentos.
O BofA também vê as ações ordinárias Rede D’Or ganhando importância no Ibovespa, avançando 0,4 ponto percentual sobre a sua atual participação, de 1,2%, para 1,6%. Além disso, o banco americano vê as units da Klabin (KLBN11) subindo 0,8 ponto percentual em peso, frente os seus atuais 0,906%. Para as ordinárias da Vale, ao contrário da XP, o BofA vê uma redução do peso em 1,2 ponto percentual, para 14,3%.
Confira abaixo o programa Radar InfoMoney, que trouxe as projeções sobre a próxima carteira do Ibovespa:
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