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SÃO PAULO — Apesar de estar inserida em um setor que foi bastante atingido pela pandemia de coronavírus em 2020, o de mobilidade, a Movida (MOVI3) conseguiu encerrar o ano passado com crescimento de 2,5% no lucro líquido, frente a 2019, para R$ 233,6 milhões. Apenas no quarto trimestre, a expansão do lucro foi de 65%, na comparação anual, chegando a R$ 138,7 milhões.
Segundo o CFO da companhia, Edmar Lopes, houve uma melhora na demanda nos últimos meses de 2020, somada à venda de ativos, aumento nos preços de seminovos, fim dos descontos adotados no segundo trimestre e redução de custos.
O executivo disse que a companhia vai continuar crescendo em 2021, mas em um ritmo mais devagar, com cautela, já que a pandemia continua em estágio avançado no país. Lopes também comentou sobre a mudança na visão da Movida em relação à fusão entre as concorrentes Unidas e Localiza.
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“Sim, nós mudamos de ideia. Num primeiro momento a gente disse que não iríamos nos opor. A nossa visão sobre a transição não muda, ela é neutra. Mas ao longo do tempo a gente recebeu diversos questionamentos de investidores, clientes, fornecedores e analistas sobre o que a gente ia fazer sobre a operação. Discutindo com advogados, a gente chegou à conclusão de que estar presente, se manifestar, temos mais upside do que downside, como a gente diz no jargão financeiro”, disse.
A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
O executivo citou que outras empresas do setor também se manifestaram sobre a fusão entre as companhias, o que deu força para a mudança de ideia da Movida. “Outras empresas questionando também mostraram que o movimento nosso tinha algum fundamento. (…) Agora é esperar. Sim, nós ouvimos as diversas demandas que apareceram e a gente avaliou como uma posição melhor de estar do que ficar passivo do lado de fora”, completou.
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Lopes falou ainda sobre expectativa para a frota neste ano, possibilidade de aumento de juros no país e como isso afetaria a empresa, sobre a emissão de bonds no mercado internacional no valor de US$ 500 milhões, sobre renegociação de prazos com clientes, inadimplência, atraso nas entregas de veículos pelas montadoras, entre outras coisas. Assista à live completa acima.
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