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A Sequoia (SEQL3) registrou um prejuízo líquido de R$ 60,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, número consideravelmente maior do que o prejuízo de R$ 4,6 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Em parte, o aumento do prejuízo acompanha um recuo da receita líquida da companhia de logística, que saiu de R$ 449 milhões para R$ 302,2 milhões.
“Boa parte dessa queda deve-se ao Projeto de Reestruturação de Pesados, com a redução intencional de rotas de menor rentabilidade”, fala a Sequoia no documento publicado na noite desta segunda-feira (15). “Além disso, a categoria de leves apresentou uma queda de 24% no ano no período. Os principais fatores que explicam a redução são a deterioração geral do e-commerce no país, com queda de 29% em volume e 13% em faturamento contra o primeiro trimestre do ano anterior e a forte base de comparação”.
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No segmento business-to-consumer (B2C), de relação direta com o consumidor, houve recuo de 21% dos pedidos, para 14,4 milhões de entregas. No business-to-business (B2B), a queda foi de 37%, para 900 mil entregas.
A companhia ainda afirma que registrou custos variáveis elevados, de R$ 201,6 milhões, por conta do processo de reestruturação – com custos de encerramento de contratos, devolução de bases e centros de distribuição operação em níveis “pré-fechamento”, por exemplo.
O recuo das entregas, junto de outros fatores, derrubou, contudo, os custos dos serviços prestados em 25,1% – de R$ 367,6 milhões entre janeiro e março de 2022 para R$ 275,1 milhões.
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As despesas comerciais, administrativas e gerais também recuaram na base anual, saindo de R$ 80,3 milhões para R$ 66,6 milhões, com impacto da reestruturação mas também com aumento da porcentagem que representa sobre a receita líquida.
Com os custos da reestruturação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), espécie de lucro operacional, saiu de R$ 38,4 milhões para R$ 717 mil. Ao se considerar o Ebitda ajustado, tirando os efeitos não recorrentes, a diferença seria de 81,2%, saindo de R$ 46,6 milhões para R$ 8,7 milhões.
“O efeito não recorrente ajustado no Ebitda refere-se, em sua maioria, a despesas com rescisão de pessoal, realizadas para fazer frente a diminuição da operação de Pesados, que ainda está em processo de implementação”, fala a empresa.
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Por fim, a Sequoia também registrou um resultado financeiro negativo de R$ 67 milhões, mais do que dobrando frente aos R$ 30 milhões do primeiro trimestre de 2022. A companhia fechou março com uma dívida líquida de R$ 619,3 milhões, alta de 40,9% na base trimestral.
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