Sequoia Capital quer levantar US$ 600 milhões para novo fundo de criptomoedas

A conhecida empresa de capital de risco está lançando seu primeiro produto específico do setor cripto

CoinDesk

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A famosa empresa de capital de risco Sequoia Capital quer levantar entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões para seu primeiro fundo de criptomoedas. O produto é um dos novos “subfundos” lançados pela companhia após uma grande reestruturação anunciada em outubro passado.

A reorganização da Sequoia afasta a empresa de uma estrutura tradicional de capital de risco e do cronograma de retorno dos investimentos das parcerias limitadas (LPs, na sigla em inglês) dentro de 10 anos.

A Sequoia agora canaliza todos os investimentos por meio do “Sequoia Fund”, um portfólio líquido aberto de posições públicas em um seleto grupo de empresas. O fundo então aloca capital para uma série de subfundos fechados.

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O “Sequoia Crypto Fund” é um dos primeiros subfundos. Em entrevista ao CoinDesk, a empresa também confirmou outro subfundo chamado “Ecosystem”, que tem entre US$ 900 milhões a US$ 950 milhões e permite que fundadores selecionados de empresas de portfólio invistam em outras companhias relacionadas, e um terceiro subproduto de expansão, de US$ 3,2 bilhões a US$ 3,5 bilhões, focado em empresas em estágio de crescimento.

Os fundos de capital de risco cripto atingiram novas máximas no ano passado por causa da alta dos preços dos ativos digitais. Em novembro, a Paradigm lançou um fundo de US$ 2,5 bilhões que superou um produto financeiro semelhante de US$ 2,2 bilhões de Andreessen Horowitz e se tornou o maior fundo de VC da história do setor cripto.

Investimento amplo

O Sequoia Crypto Fund se concentrará principalmente em investir em liquid tokens (contratos inteligentes que funcionam como criadores de mercado automatizado) e ativos digitais.

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“Embora tenhamos investido em ações e tokens nos últimos cinco anos, muitos pediram para assumirmos um papel mais ativo no gerenciamento de nossos tokens, incluindo staking (bloqueio de criptomoedas para receber recompensas), fornecimento de liquidez, participação na governança e negociação por meio de plataformas”, disse os sócios da Sequoia Michelle Bailhe, Shaun Maguire e Alfred Lin no post do anúncio do produto.

Em entrevista ao CoinDesk, Bailhe disse que o fundo está investindo em várias frentes, incluindo blockchains de camada 1 e 2, data layer (camada de dados), finanças descentralizadas (DeFi), aplicativos centralizados, pagamentos, jogos, Web 3, tokens não fungíveis (NFTs) e infraestrutura para consumidores e empresas.

“Acho que o interessante sobre esse momento no mercado cripto é que algumas pessoas estão se aproximando desses setores com modelos mais orientados por tokens enquanto outras se aproximam com ações”, disse Bailhe. “Queríamos ter um produto completo, desde a semente até os liquid tokens, para os fundadores com quem trabalhamos em todos esses setores.”

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Por que um fundo específico para criptomoedas

Apesar do lançamento de um fundo específico para criptomoedas, a Sequoia continuará a fazer parcerias com equipes de criptomoedas nos fundos de semente, venture, crescimento e expansão, com os quais tem compromissos de mais de US$ 7,5 bilhões.

Por que, então, a Sequoia também lançaria um fundo específico para criptomoedas?

“Parte do motivo pelo qual a Sequoia nunca teve um fundo específico para o setor é que achamos que é importante que todos compartilhem informações e fiquem muito próximos uns dos outros”, disse Maguire ao CoinDesk.

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“Queríamos ter um equilíbrio para que pudéssemos nos mover muito rápido e de forma ágil, com um conhecimento de nível especializado em criptomoedas, mas também queríamos [garantir] que os aprendizados fossem compartilhados por toda a Sequoia”, acrescentou Maguire.

Maguire observou que os integrantes da Sequoia “têm contato com criptomoedas há muito tempo”, mas o setor só entrou de fato no radar de todos da companhia em 2021.

“No ano passado, mais de 20% dos investimentos de toda a empresa foram em criptomoedas nos EUA e na Europa”, observou Maguire.

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