Saída de El-Erian da Pimco decepcionou Bill Gross: “ele seria meu sucessor”

Gestora anunciou que deixará o cargo na maior detentora de bônus de emergentes no mundo em março para 'recarregar as baterias'

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – O CEO (Chief Executive Officer) da Pimco, Mohamed El-Erian anunciou que sairá em março de uma das maiores gestoras do mundo, após mais de uma década de trabalho na empresa e se tornou uma das maiores referências em termos de política monetária nesse período. Mas acabou pegando algumas pessoas de surpresa após o anúncio. O fundador da Pimco, Bill Gross, disse em entrevista para a CNBC  que não foi apenas “surpreendente, mas decepcionante”. 

Embora algumas notícias sugerissem alguns choques de estratégia e uma tensão entre os executivos, Gross garantiu que essas divergências não influenciaram em nada na decisão de El-Erian, segundo a mesma publicação. O fundador da gestora garantiu que “não havia choque de personalidades. Nós nos dávamos muito bem”. 

Apesar de um mau desempenho nos últimos tempos – o fundo Total Return teve sua primeira queda anual desde 1999 – Gross acha que a performance negativa também não o influenciou na decisão. 

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Em 2005 El-Erian já tinha deixado a Pimco quando aceitou o convite de Harvard para administrar os recursos da universidade, mas regressou para a gestora depois de dois anos. Gross, ainda na entrevista concedida à CNBC, disse que acreditava na sucessão de El-Erian em seu cargo. “Estou desapontado. Estamos decepcionados. Quando ele voltou há seis anos, nós pensamos que ele seria meu sucessor e estaria no cargo entre 10 a 15 anos”, completou Gross, destacando que agora não irá contar com El-Erian como sucessor. 

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