Sabesp (SBSP3): Itaú BBA assume chance de 50% de privatização, mantém compra para ação e eleva preço-alvo

Itaú BBA aumentou estimativas e atualizou o preço-alvo para a Sabesp, apostando no avanço do processo de privatização em 2024

Camille Bocanegra

(Divulgação/Sabesp)
(Divulgação/Sabesp)

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Com o avanço do processo de privatização da Sabesp (SBSP3), o Itaú BBA aumentou suas expectativas e preço-alvo para o nome. Na avaliação do banco, o desenvolvimento da iniciativa e o recente decreto com novas regulamentações sobre as Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAEs) sugerem que o governador Tarcísio Freitas deve avançar com a agenda.

A recomendação para as ações foi mantida como outperform (desempenho superior ao índice, equivalente à compra) e o relatório apresenta que há atrativo risco/recompensa, bem como potenciais catalisadores no horizonte. O preço-alvo foi elevado de R$ 74,90 para R$ 83,60 por ação, ou um potencial de valorização de 42% em relação ao fechamento da véspera. O banco assume uma chance de 50% de privatização da estatal de saneamento paulista.

Assumindo chance zero de privatização, o preço-alvo iria para R$ 71,90 (upside de 22%) e assumindo chance de 100% iria para R$ 95,40 (upside de 62%).

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“Acreditamos que o recente decreto da URAE, com a adesão do município de São Paulo, foi um marco importante e melhora substancialmente as chances de privatização. Além disso, esperamos que os resultados melhorem, dadas as iniciativas da empresa para ganhar eficiência”, diz o BBA.

Avanço na privatização

Os recentes desenvolvimentos no processo de privatização tornam a avaliação do banco positiva e aumentam as expectativas da conclusão ainda em 2024. Entre as fases já apresentadas pelo Governo de São Paulo, a “fase zero” foi concluída no final de julho.

Os estudos demonstraram que o melhor modelo para privatização era através do “follow-on”. Dessa forma, a participação do Governo na empresa seria diluída através de investidores de referência. A ideia é que os investidores detenham mais de 10% e até 30% das ações, em dinâmica diferente da Eletrobras.

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“Em nossa opinião, a alternativa escolhida é positiva, dada a possibilidade de atrair operadores de alta qualidade no setor e/ou grandes fundos de private equity”, destaca o BBA.

A próxima fase, considerada a “fase um”, do processo corresponderá à elaboração de modelos regulatório e econômico-financeiro para a companhia. Além disso, está prevista a apresentação do projeto para a Assembleia Legislativa. Nesse ponto, o timing poderia ser um fator desafiador, em razão da realização das eleições municipais no ano que vem. O BBA, contudo, entende que o Governador conta com a força necessária para avanço da agenda.

Ainda na fase um, está também a possibilidade de realização de negociações com municípios, ponto que se torna facilitado com a aprovação da nova regulamentação para as URAEs.

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Novo plano de investimentos para Sabesp

Entre as novidades para a companhia paulista, está também o novo plano de investimentos anunciado. Com a iniciativa, há perspectiva de antecipação da universalização de serviços de 2033 para 2029.

A assinatura das novas regulamentações para as URAEs e a junção da cidade de São Paulo à URAE, no dia 16 de agosto, ratificam os reforços para união entre os municípios e facilitariam a realização da privatização, na análise do banco.

“Em nossa opinião, este é um evento transformador, simplificando as negociações com os municípios, uma vez que o governo e a empresa não precisarão mais negociar individualmente com cada município. Além disso, vemos os termos de governança como muito favoráveis, dada a importância significativa que o estado de São Paulo e a cidade de São Paulo terão nas decisões da URAE”, destaca o BBA.

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Melhora em resultados anima

Na análise, o banco destacou a melhora nos resultados trimestrais da Sabesp, em especial em relação à receita. A expectativa do BBA é que a tendência positiva se mantenha.

A melhora vem após anúncio de desenvolvimentos para redução de lacuna de ineficiência apresentada atualmente. De acordo com o relatório, o desempenho tem se mostrado muito inferior ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) regulatório, uma vez que a lacuna afetaria não somente a receita mas também os custos.

” Esperamos que essa lacuna diminua gradualmente, dadas as últimas revisões tarifárias aprovadas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e as iniciativas de redução de custos anunciadas, como o programa de demissão voluntária (PDI) recente”, afirma o BBA.

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A Sabesp tem discutido a lacuna na receita em relação ao nível regulatório com o orgão e, segundo o banco, deve apresentar números melhores a partir do terceiro trimestre.

O papel apresenta valorização de 19% nos últimos 12 meses e teve variação positiva, de 1,29%, em agosto.

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