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Apesar da alta de aproximadamente 50% no preço das ações da Sabesp (SBSP3) nos últimos doze meses, analistas do Morgan Stanley ainda veem a ação como atrativa, indicando uma boa relação de risco-retorno.
Segundo eles, os papéis da estatal oferecem um leve potencial de valorização (upside) em relação ao seu preço-alvo atual de R$ 57, que não pressupõe nenhuma privatização ou reestruturação operacional relevante.
Além disso, o banco americano acredita que o risco-retorno melhorou, uma vez que aponta agora que um possível cenário de baixa relacionado à vitória de um candidato a governador contra a privatização da Sabesp não é mais aplicável (após as eleições de outubro de 2022, com a vitória de Tarcísio de Freitas para governador de São Paulo), e o caso de privatização é uma opção plausível.
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Com relação a uma potencial privatização, o governador paulista reiterou recentemente sua intenção de privatizar a Sabesp. Embora os estudos de privatização ainda não estejam definidos, é provável que o modelo de privatização seja semelhante ao da Eletrobras (ELET3;ELET6) de acordo com o governador, em que a empresa realiza um aumento de capital para diluir o controle acionário do governo abaixo de 50% e para financiar o pagamento das taxas de renovação da concessão.
Se o processo de privatização avançar, analistas acreditam que o preço da ação da Sabesp poderá convergir para o que os investidores acreditam que será o preço de capitalização. Segundo cálculos do Morgan, o valor seria de cerca de R$ 75,40 por ação, um upside de 40% em relação ao preço de fechamento da véspera (15), o que ainda ofereceria 30% de alta para estimativa de valor justo em caso de privatização de R$ 98,00 (e de 80% frente o fechamento de ontem).
Por fim, o Morgan Stanley espera que o mercado exigirá um desconto em um aumento de capital que dilua a participação do governo estadual, a exemplo do que ocorreu com a Eletrobras.
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O banco reiterou avaliação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra), com preço-alvo indo de R$ 53 para R$ 57, o que representa um potencial de valorização de 5% frente a cotação de fechamento de quarta-feira (15) de R$ 54,40.