Rússia pretende anexar territórios ucranianos após resultados de referendos contestados pelo Ocidente

Cerimônia de anexação será realizada na próxima sexta-feira (30)

Felipe Moreira

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa da sua conferência anual de imprensa em Moscou, em 19 de dezembro de 2019 (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa da sua conferência anual de imprensa em Moscou, em 19 de dezembro de 2019 (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)

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Após o resultado de uma série de referendos em regiões da Ucrânia ocupadas pelos russos, que mostraram uma votação majoritária para se juntar à Rússia, o Kremlin anunciou nesta manhã de quinta-feira (29) que anexará formalmente Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia ao seu território em cerimônia a ser realizada amanhã (30).

Segundo Ria Novosti, agência de notícias russa, o presidente Vladimir Putin participará da cerimônia, às 15 horas do horário local, para assinar os acordos de “entrada de novos territórios” na Federação Russa.

Apuração russa mostrou que, em Donetsk, 99,23% votaram a favor da anexação; em Lugansk somou 98,42%; Kherson, 87,05%; e Zaporizhizhia, 93,11%.

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Os resultado dos referendo são vistos como ilegítimos e manipulados pela Ucrânia e aliados.

Na quarta-feira, a União Europeia propôs um oitavo pacote de sanções à Rússia em resposta aos referendos, e os EUA disseram que anunciarão mais sanções nos próximos dias.

O Reino Unido já anunciou 92 novas sanções como resultado dos votos falsos.

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Analistas alertam que isso pode marcar um ponto perigoso na guerra para a Ucrânia com a possibilidade de que os russos possam recorrer a armas não convencionais, até armas nucleares, para “defender” o que então dirá ser sua “soberania territorial” e seus cidadãos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e outros altos funcionários alertaram frequentemente que Moscou poderia usar armas nucleares se sentir que há uma ameaça existencial à Federação Russa.

Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy alertou os recrutas russos enviados para lutar na Ucrânia que devem se render se quiserem sobreviver.

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