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A M. Dias Branco (MDIA3), líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil, registrou lucro líquido de R$ 15,5 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), uma queda de 89,7% em relação a igual período de 2021, informou a companhia na noite desta sexta-feira (17). Em 2022, o lucro líquido de R$ 481,8 milhões, baixa de 4,6% frente o ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, teve baixa de 33,6% na comparação anual, para R$ 121,3 milhões, totalizando R$ 900,4 milhões no ano (alta de 31,7%).
“Com relação aos custos, a elevação dos preços de trigo e óleo de palma a partir de fevereiro de 2022, fruto da guerra
entre Rússia e Ucrânia, impactou negativamente os nossos resultados. Com aproximadamente quatro meses de estoque de insumos (inclui hedge), a elevação descrita acima impactou os nossos resultados mais fortemente no 4T22”, apontou a companhia.
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Em 2022, os custos dos produtos vendidos cresceram 29,2% em valores absolutos, representando 77,2% da receita líquida (77,4% em 2021). No 4T22, 80,4% de representatividade sobre a receita, aumento de 0,8 ponto percentual (p.p.) e 2,6p.p. na comparação com o 4T21 e 3T22, respectivamente, reflexo do aumento dos custos de trigo e óleo de palma com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
A receita líquida, por sua vez, subiu 27,7%nos últimos três meses do ano na base de comparação anual, para R$ 2,765 bilhões. Com isso, no trimestre, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) caiu 4 pontos percentuais, de 8% para 4%.
Em 2022, a receita líquida cresceu 29,6% versus 2021, para R$ 10,129 bilhões, “fruto do aumento do preço médio de 28,5% e dos volumes de 0,9%. Destaque para o crescimento da receita de outras linhas de produtos em 104,1%, reflexo das aquisições da Latinex e Jasmine, que introduziram novas categorias com produtos de alto valor agregado”, afirmou.
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A M.Dias Branco apontou que, em biscoitos, a receita bruta com produtos/sabores lançados nos últimos 24 meses atingiu R$ 51,4 milhões no 4T22, totalizando 137 lançamentos.
“Destaque positivo para o desempenho da Piraquê em 2022, com crescimento de 40% da receita líquida versus 2021, superior ao crescimento de 29,7% do total de biscoitos da M. Dias Branco, reflexo da estratégia de expansão da marca, que atingiu 32% de penetração nos lares (25% em 2021)”, afirmou.
A companhia destacou que as despesas operacionais estão controladas, com os ganhos de produtividade e eficiência
capturados nos últimos anos. “Como percentual da receita líquida, encerramos 2022 com 22,7%, redução de 0,3 p.p. em relação ao ano de 2021. As despesas administrativas e com vendas (SG&A) também reduziram, de 21,0% em 2021 para 20,1% em 2022”, apontou.
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No ano, contudo, houve crescimento nominal de 28,5% versus 2021, para R$ 2,3 bilhões, o que reflete o aumento da inflação, sobretudo em combustíveis, maiores investimentos em marketing e primarização, além da inclusão das despesas
operacionais das empresas adquiridas e das despesas não recorrentes.
Em outras receitas e despesas, o resultado foi impactado principalmente pela queda com receitas de créditos extemporâneos, que foi de R$ 25,2 milhões, 66% inferior a 2021.
No 4T22, as despesas foram a R$ 652,6 milhões e cresceram em representatividade sobre a receita líquida versus 4T21 e versus 3T22 em 2,7 p.p. e 3,5 p.p., respectivamente, pelos mesmos fatores.
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