Gol (GOLL4) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 2,6 bi no 1º tri, acima do esperado; aérea aponta otimismo com segmento corporativo

A receita líquida somou R$ 3,220 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 105,4% na comparação com igual etapa de 2021.

Felipe Moreira Felipe Alves

(Divulgação)
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A Gol (GOLL4) registrou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), revertendo prejuízo líquido de R$ 2,528 bilhões no primeiro trimestre de 2021. O número ficou acima da projeção da Refinitiv, que esperava lucro de R$ 390 milhões.

A receita líquida somou R$ 3,220 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 105,4% na comparação com igual etapa de 2021, ante projeção Refinitiv de R$ 2,92 bilhões.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi de R$ 542,2 milhões no 1T22, contra resultado negativo de R$ 72,1 milhões um ano antes. O número foi abaixo do esperado segundo consenso Refinitiv, que projetava R$ 586,09 milhões.

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Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) recorrente atingiu 16,8% no período, contra margem negativa de 4,6% no 1T21.

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O lucro antes de juros e impostos (Ebit) recorrente registrado no 1T22 foi de R$ 181,4 milhões, representando uma margem operacional recorrente de 5,6%.

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Os custos com combustível de aviação somaram R$ 1,205 bilhão nos três primeiros meses de 2022, um crescimento de 113% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

No final do 1T22, a frota total da GOL era de 142 aeronaves Boeing 737, sendo 111 NGs e 31 MAXs. No mesmo período, a idade média da frota foi de 10,3 anos, contra 10,7 anos no 4T21.

Ao final do 1T22, a liquidez total foi de R$ 3,3 bilhões, uma redução de R$ 400 milhões comparado a posição do último trimestre de 2021.

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As atividades operacionais geraram aproximadamente R$ 700 milhões no 1T22 principalmente pelo aumento no volume de vendas futuras (forward bookings) e parcialmente compensada pelo maior volume de recebíveis e utilização de saldos de depósitos e adiantamentos para eventos de transformação de frota.

A dívida líquida ajustada da companhia ficou em R$ 21,963 bilhões no final de março de 2022, crescimento de 61,3% em relação ao mesmo período de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida ajustada/Ebitda, ficou em 10,3 vezes em março/22, queda de 1,1 vez em relação ao mesmo período de 2021.

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Projeções

A Gol prevê receita líquida de R$ 13,7 bilhões e margem Ebitda de 24% em 2022. A taxa de ocupação prevista pela operadora deve ficar em 82% neste ano.

Em relação aos investimentos, a companhia espera desembolsos de R$ 700 milhões em 2022. Por fim, a alavancagem financeira da companhia deve ficar em 8 vezes no final de 2022.

Otimismo com segmento corporativo

Em teleconferência de resultados nesta quinta, o CEO da Gol, Paulo Kakinoff, destacou especialmente a projeção de crescimento de voos no país em 2022 voltados ao segmento corporativo. Desde março a empresa viu um aquecimento da demanda dos dois segmentos, mas em especial no corporativo, com a retomada plena dos eventos em todo o país.
Kakinoff destacou que há projeção de sustentabilidade dessa demanda para todo o ano de 2022, revisando as projeções do segmento comercial, apesar de a Gol não ter feito ainda alterações no guidance para o ano.

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A expectativa é que a alta do Rask (receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) se mantenha ao longo deste ano.

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