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SÃO PAULO – Além de Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3), diversas outras varejistas divulgaram seus números referentes ao segundo trimestre, como Lojas Renner (LREN3), SBF (SBFG3), Marisa (AMAR3), Arezzo (ARZZ3), Track&Field (TFCO4) e a varejista de supermercados Grupo Mateus (GMAT3).
Na avaliação da XP, que cobre papéis de Arezzo, Grupo Mateus e Renner, os destaques positivos ficaram para as duas primeiras companhias. O Credit Suisse, que tem cobertura para Arezzo, SBF (dona da Centauro) e Renner, destacou que as três companhias apresentaram bons números, mas segue preferência por SBF, Renner e depois Arezzo.
Para o Itaú BBA, os números da Arezzo e Renner foram mistos, enquanto SBF e Track&Field tiveram resultados considerados positivos. O Bradesco BBI, por sua vez, avaliou os resultados de Marisa, destacando que foram piores do que o esperado.
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A sessão desta sexta-feira (13) é de queda para AMAR3, ARZZ3, GMAT3, enquanto SBFG3 também cai apesar das avaliações positivas sobre o resultado. A ação TFCO4 opera quase estável, enquanto LREN3 tem ganhos de mais de 1%.
Confira abaixo as análises dos balanços das varejistas:
Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner registrou um resultado considerado bom pelos analistas, que enxergam um momento de expansão da empresa, e por conta disso, minimizaram os impactos vistos no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), lucro líquido e principalmente nas margens da companhia no segundo trimestre.
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A varejista registrou lucro líquido de R$ 193,1 milhões entre abril e junho, queda de 76,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 818,1 milhões. Pressionado em parte por expansão nas despesas operacionais, o número veio abaixo dos R$ 131,7 milhões esperados por analistas consultados pela Refinitiv.
O Ebitda ajustado, por sua vez, incluindo produtos financeiros e arrendamentos, foi de R$ 330 milhões, queda de 35% em relação a um ano antes. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 14,6%, 79,4 pontos percentuais abaixo da apresentada no segundo trimestre de 2020, de 94%.
A receita líquida de venda de mercadorias, por sua vez, disparou 318% em um ano, para R$ 2,26 bilhões, ao passo que as despesas operacionais (vendas, gerais e administrativas) somaram R$ 837,5 milhões, quase o dobro de um ano antes.
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Para a equipe do Bradesco BBI, o resultado da Renner foi “robusto”, apesar do Ebitda ter ficado abaixo do esperado. Segundo os analistas, a questão mais importante agora é o sinal que o progresso dos indicadores-chave de desempenho (KPIs) operacionais estão passando.
Nesse sentido, eles citam o crescimento das vendas mesma loja (SSS), penetração do comércio eletrônico, recuperação da margem bruta e impulso por trás das iniciativas em todo o negócio da companhia. “Isso deve começar a dar aos investidores uma confiança renovada na capacidade da Renner de continuar a dominar o mercado de roupas em um ambiente cada vez mais digital”,. avaliam.
Já a XP destacou que os resultados mostraram uma recuperação sequencial importante de faturamento com a volta à normalidade acontecendo e a companhia conseguiu apresentar uma melhora relevante de margem bruta.
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Por outro lado, as despesas operacionais vieram acima das estimativas da casa, que já incorporavam um cenário mais conservador em relação ao nível de investimentos da construção do seu ecossistema de moda e lifestyle enquanto a companhia queimou R$ 424 milhões de caixa por conta de um aumento relevante em recebíveis.
Os analistas do Credit Suisse também destacaram o sólido desempenho de vendas da empresa, aliado à otimização dos estoques integrados e níveis de markdown muito mais saudáveis, levando a margem bruta a se aproximar dos níveis normalizados, ficando em 55%, resultado 1,4 ponto percentual abaixo do valor do 2º trimestre de 2019.
Já o Bank of America reforça o potencial futuro da Renner. Mantendo uma recomendação de compra, os analistas dizem que a companhia “é muito capaz de modificar sua plataforma existente para melhor integrar e alavancar competências essenciais de ponta a ponta em novos ativos, expandindo uma plataforma já instalada para operações centrais, bem como Ashua e Youcom”.
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“Também percebemos forte disciplina e excelente capacidade de diferenciar equipes, tecnologia e ativos de alta qualidade, pois ela busca preencher lacunas e agregar competências por meio de aquisições”, complementam.
Na mesma linha, o BBI manteve sua recomendação outperform (equivalente a compra) apontando que o múltilpo P/E (Preço sobre Lucro) de 29 vezes da Renner pode enganar o investidor, dado que as margens estão reduzidas pelo ciclo de investimento da companhia.
“Claramente, há riscos em torno dessa recuperação de margem, mas também achamos que focar em múltiplos de curto prazo negligencia muito do valor que esperamos que a Renner crie nos próximos anos”, concluem.
Track&Field (TFCO4)
A Track&Field teve lucro líquido de R$ 13,4 milhões no segundo trimestre de 2021, ante prejuízo líquido contábil de R$ 1,38 milhão em igual período de 2020.
O Ebitda ficou em R$ 20,1 milhões, com margem de 21,3%, mais de 19 vezes o resultado do mesmo trimestre ano anterior. O Ebitda ajustado totalizou R$ 17,8 milhões.
Para a equipe de análise do Itaú BBA, os resultados da Track & Field foram fortes, como esperado. “A companhia divulgou vendas em mesmas lojas de 19% contra o segundo trimestre de 2019, principalmente devido à assertividade das suas coleções, assim como incremento da relevância das roupas de ‘athleisure’ [vestimentas confortáveis para o dia a dia e para a prática de esportes]”, analisa o banco.
Por outro lado, as vendas no canal digital foram vistas como o ponto negativo, ao caírem 29% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os analistas enxergam como bom o avanço da operação omnicanal, que atingiu 205 das 268 lojas.
As receitas de R$ 94 milhões, por sua vez, vieram 16% acima do que esperava o Itaú BBA, e a margem bruta cresceu em um ponto percentual na base anual, chegando a 59,6%.
“Dado o maior faturamento e diluição de despesas, a companhia registrou um Ebitda de R$ 18 milhões, com margem Ebitda de 18,9%”, conclui a equipe.
O Itaú tem recomendação outperform para as ações TFCO4, com preço-alvo de R$ 14,00, o que corresponde a uma desvalorização de 13,74% ante o patamar de fechamento desses papéis na quinta-feira (12).
Segundo dados compilados pela Refinitiv, as ações preferenciais da Track & Field acumulam 3 recomendações de compra e uma neutra entre bancos, corretoras e casas de análise que acompanham a empresa. O preço-alvo médio para os papéis é de R$ 14,80, o que equivale a uma queda de 8,81% sobre o nível com que encerram o pregão do dia anterior.
Arezzo (ARZZ3)
Outra companhia que conseguiu entregar números sólidos no segundo trimestre foi a Arezzo, mostrando um bom desempenho de vendas, principalmente online, com margens brutas mais altas e menores despesas de SG&A (vendas, gerais e administrativas).
A companhia registrou lucro líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 132,5 milhões entre abril e junho deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 82,3 milhões registrado no mesmo período de 2020.
O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 84 milhões, ante resultado negativo de R$ 72,1 milhões um ano atrás, com a margem ajustada crescendo 12 pontos percentuais, para 15,2%. A receita líquida saltou 258%, a R$ 553 milhões.
Para os analistas do Goldman Sachs, a Arezzo reportou um resultado sólido, que ficou em linha com o esperado. “O ímpeto do canal online e das vendas para clientes multimarcas continuou forte, e as vendas em lojas físicas aumentaram gradativamente ao longo do trimestre”, destacaram, reforçando a visão positiva que a administração da companhia deixou para o terceiro trimestre.
Já o Credit Suisse aponta que, apesar do sell-out (venda ao consumidor) estável em relação ao segundo trimestre de 2019 (pré-pandemia), as vendas orgânicas da Arezzo caíram 6,8% em relação ao mesmo período devido à sua maior exposição ao canal de franquia.
“Por outro lado, a boa notícia do ponto de vista de vendas é que as marcas adquiridas (Vans e Reserva, que representaram 36,7% das vendas no segundo trimestre de 2021) estão apresentando resultados robustos isoladamente”, destacaram os analistas citando a alta de 57% nas vendas da Reserva em relação ao segundo trimestre de 2019.
Na mesma linha, a XP ressaltou o Ebitda da companhia 9% acima das estimativas, apontando dois fatores para o balanço positivo. O primeiro foi o sólido desempenho de vendas, com vendas brutas 40,5% acima dos níveis de 2019, principalmente explicadas pela Reserva e Vans (com um crescimento orgânico estimado em alta de 7% e vendas ex-Reserva/Vans estagnadas vs 2019).
Além disso, os analistas apontam para a rentabilidade sólida, com expansão da margem bruta em função de vendas maiores da AR&Co, penetração do comércio eletrônico e menores promoções, e expansão da margem Ebitda com alavancagem operacional.
O JPMorgan se mostrou bastante otimista com o resultado, mantendo sua recomendação overweight (equivalente a compra) esperando uma reação positiva das ações por três motivos: 1) leituras iniciais nas vendas do 3T21 indicam um forte desempenho de sell-out vs. 19; 2) operações da Reserva crescendo em um ritmo forte; e 3) lucratividade que continua surpreendendo positivamente, apesar dos investimentos em novas iniciativas de crescimento.
Por outro lado, o Itaú BBA se mostrou mais cauteloso, classificando o balanço como “misto”. Para os analistas, a estratégia da Arezzo parece estar no caminho certo e os números financeiros são sólidos, principalmente considerando o Ebitda ajustado acima do esperado. “Dito isso, a receita excluindo aquisições (Vans e Reserva) ainda está 2% abaixo do 2T19, o que parece mais fraco do que os pares”, concluem os analistas.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF, controlador da Centauro, entregou um resultado considerado forte pelos analistas, ainda que eles tenham destacado números mais “mistos” que outros pares, principalmente do lado do e-commerce, que ficou abaixo do esperado.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 24,078 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 102,287 milhões registrado um ano antes.
Entre abril e junho, o Ebitda somou R$ 169,394 milhões, também revertendo o indicador negativo de R$ 46,759 milhões na comparação anual. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 1,122 bilhão no trimestre, alta anual de 369%.
Já a dívida líquida foi de R$ 473,995 milhões, enquanto a alavancagem medida por dívida líquida ajustada por Ebitda foi de 1,59x, ante caixa líquido de R$ 917,713 milhões e -2,19x no ano anterior.
A empresa apresentou um resultado financeiro negativo de R$ 44,6 milhões no segundo trimestre, devido ao aumento de despesas financeiras no trimestre devido ao maior endividamento da companhia, justificado pelas dívidas tomadas para aquisição da Fisia, braço utilizado para comercialização dos produtos Nike no Brasil, e para reforço de caixa devido à pandemia. O fluxo de caixa operacional foi negativo em R$ 224,3 milhões.
O Credit Suisse destacou números ligeiramente acima do esperado, com “bons sinais tanto em crescimento quanto em rentabilidade”. “As preocupações com markdown parecem estar no passado e a Fisia (48,5% das vendas totais) apareceu como uma surpresa interessante no 2º trimestre”, avaliaram os analistas destacando ainda que a SBF está conseguindo avançar de forma interessante na captura de sinergias.
Já o Bradesco BBI disse que o balanço mostrou uma forte recuperação após a segunda onda da Covid do início do ano. Segundo os analistas, a receita da Centauro foi 15% maior do que no segundo trimestre de 2019, embora tenha ficado em linha com o esperado, enquanto a Fisia “deu uma contribuição muito maior do que o esperado para a receita”.
O BBI viu três pontos positivos do resultado: 1) forte receita na Centauro, com vendas 15% acima de 2019 que, em um crescimento médio da área de vendas de 12%, implica num crescimento de SSS de cerca de 3%; 2) recuperação da margem bruta da Centauro para 50,5%, semelhante aos níveis pré-pandêmicos; e 3) desempenho muito forte da Fisia, menos de um ano desde a aquisição, tanto na receita quanto nas margens.
Por outro lado, os analistas destacaram um ponto que deixou o mercado um pouco decepcionado, que foi o e-commerce, com o GMV caindo 12% na comparação anual, embora tenha ficado 80% acima do segundo trimestre de 2019.
Na mesma linha, o Itaú BBA ressaltou a boa surpresa com os números da Fisia e as vendas da Centauro avançando 15% sobre 2019 e lojas físicas voltando aos níveis pré-pandemia. Com isso, os analistas enxergam a SBF mantendo a trajetória de recuperação, ganhando força em um cenário mais normalizado.
Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus teve lucro líquido ajustado de R$ 191 milhões no segundo trimestre de 2021, o que representa uma queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já o Ebitda somou R$ 248 milhões, indicando queda de 2,5% ante o segundo trimestre de 2020, ao passo que no critério ajustado alcançou R$ 255 milhões, uma leve alta de 0,5%. A margem Ebitda ajustada caiu 1,9 ponto porcentual, para 6,8%.
A receita líquida no período somou R$ 3,724 bilhões, 28,9% maior que a de um ano atrás.
Segundo a analista Flávia Meireles, do Bradesco BBI, os resultados do Grupo Mateus vieram acima das expectativas apesar do Ebitda ligeiramente abaixo do registrado no ano anterior.
“Vemos isso como um resultado robusto, apesar do crescimento das vendas em mesmas lojas ter sido de apenas 1,8% contra a base de comparação de 24% no segundo trimestre de 2020”, avalia. A analista destaca que o crescimento de vendas em mesmas lojas diminuiu 8 pontos percentuais sequencialmente na comparação com o primeiro trimestre deste ano, mas que a base de comparação foi 17 pontos percentuais mais difícil.
“A expansão continua em ritmo acelerado, com 45 novas lojas adicionadas nos últimos 12 meses, incluindo 9 lojas Mix Atacarejo Cash & Carry. A administração observa que as novas lojas estão contribuindo com uma receita maior do que as lojas maduras no final do trimestre, o que acreditamos ressaltar a força das lojas Mateus e da execução, bem como a oportunidade significativa de crescimento que existe em uma região com menos competição, como em São Paulo e no Sudeste.”
Para o Bradesco BBI, a expansão agressiva de lojas, que ficou clara com a entrada da empresa no Ceará pela primeira vez, é o elemento chave no caso de investimento.
O banco tem recomendação de compra para as ações ordinárias GMAT3, com preço-alvo de R$ 11,00 para 2022, o que corresponde a uma valorização de 49,25% sobre o nível de fechamento dos papéis na quinta-feira (12).
Já a equipe de análise do Itaú BBA apontou que a varejista continuou a reportar fortes tendências de crescimento das vendas, com a expansão do faturamento atingindo 29% na comparação com o segundo trimestre de 2020.
Por outro lado, os analistas consideram que a rentabilidade foi um grande destaque negativo. “Estávamos esperando pressões, como comparações difíceis somadas aos efeitos da inflação de alimentos e a mudança do mix de receita em direção ao Cash & Carry. Dito isso, o tamanho dessas tendências impressionou negativamente, com uma enorme queda de 90 pontos-base na margem na comparação anual, ante expectativa de declínio de 30 pontos-base”, escrevem.
A equipe do Itaú explica, contudo, que a companhia teria decidido não reajustar preços no trimestre passado apesar das pressões inflacionárias, e focando no crescimento de primeira linha.
Mesmo com os problemas, o Itaú BBA tem recomendação outperform para as ações do Grupo Mateus, também com preço-alvo de R$ 11,00.
A XP, por sua vez, destacou que os resultados do Grupo Mateus vieram acima das estimativas, impulsionados pela abertura de 45 novas lojas nos últimos 12 meses. De acordo com analistas da corretora, apesar da pressão na margem bruta, o grupo de supermercados conseguiu expandir a margem Ebitda em 0,2 pontos percentuais na base anual através de alavancagem operacional e controle de despesas. Isso mesmo com maiores despesas com a transferência da operação do Centro de Distribuição de Belém do Pará para Santa Isabel
“Esperamos uma continuidade de resultados sólidos por parte do Grupo Mateus, impulsionadas principalmente pela forte expansão de lojas que apresentou uma performance de vendas acima da média de lojas maduras pelo segundo trimestre consecutivo. Nesse sentido, acreditamos que a contratação do time de expansão de mercado citada pela companhia no relatório de resultados deve acelerar ainda mais o plano de expansão da companhia e de forma mais assertiva, mantendo a estratégia de adensamento de novas rotas que a companhia pratica”, conclui a XP.
A corretora também tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 11,00 para GMAT3.
O Grupo Mateus acumula 5 recomendações de compra e 1 de venda, segundo informações compiladas pela Refinitiv. O preço-alvo médio para as GMAT3 é de R$ 12,11, o que significa uma alta de 64,31% ante o fechamento do dia 12.
Marisa (AMAR3)
A Marisa teve um prejuízo líquido de R$ 59,5 milhões no segundo trimestre de 2021, o que representa uma melhora ante as perdas de R$ 171,7 milhões no mesmo período do ano passado, mas não uma reversão total.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 40,5 milhões, revertendo o Ebitda negativo de R$ 66,8 milhões no segundo trimestre de 2020.
A receita líquida da companhia, por sua vez, somou R$ 662,7 milhões, valor 230,8% superior na base anual de comparação.
A Marisa reportou resultados abaixo das estimativas do BBI, uma vez que a empresa foi fortemente afetada pelo fechamento de lojas durante a segunda onda de Covid. As vendas nas mesmas lojas no trimestre ainda registram queda de 6,1% versus 2019.
Já do lado positivo, as vendas digitais da Marisa aumentaram 14% em relação ao ano anterior, contra uma base de comparação difícil.
A margem bruta ficou estável em relação a 2019, em meio à redução de estoque. “Embora a empresa tenha conseguido preservar sua margem bruta, o Ebitda de varejo decepcionou, apesar das iniciativas contínuas da empresa de controle de despesas operacionais. Além disso, os serviços financeiros foram um entrave aos resultados, ao contrário das nossas expectativas”.
Para o BBI, este foi mais um trimestre difícil para a Marisa, com alguns pontos altos (Dia das Mães) e baixos (desaceleração em junho nas vendas e aumento nos descontos). A meta de voltar a uma margem bruta de cerca de 50% permanece indefinida e os analistas ressaltam preocupação com a falta de expansão, mesmo após a redução dos estoques e comentários da administração de que remarcações excessivas de preços foram reduzidas.
“Vimos pressão na margem bruta entre outros varejistas de moda, principalmente como resultado do câmbio e da inflação de preços de matérias-primas e isso provavelmente também está impactando a Marisa, mas esperávamos ver mais progresso dada uma base de comparação baixa. Isso, juntamente com a receita um pouco mais fraca, foi o impulsionador da queda no Ebitda do varejo quando comparado com nossas estimativas”, apontam.
No geral, os analistas apontam que os resultados não são consistentes com a recomendação atual outperform (desempenho acima da média do mercado) e com o preço-alvo de R$ 11 que eles têm para a ação, mas esperam mais sinais da administração da companhia sobre o segundo semestre antes de revisarem projeções.
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