Rede D’Or (RDOR3) priorizou rentabilidade no trimestre e espera normalização de sinistralidades em 2024

Empresa descontinuou contratos com operadoras que estavam com dificuldade de incorporar reajustes

Felipe Alves

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Com um lucro líquido de R$ 760,3 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), 91,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, a Rede D’Or (RDOR3) espera retomar os índices de sinistralidade pré-pandemia em 2024.

Durante teleconferência com analistas, o CEO da empresa, Paulo Moll, afirmou que a Rede D’or descontinuou contratos com operadoras que estavam com dificuldade de receber reajustes, que tinham ticket médio menor, e com maior risco associado.

Assim, os números do 3T23 foram positivos na avaliação dos diretores. O Ebitda ajustado, por exemplo, totalizou R$ 2,071 bilhões no 3T23, um crescimento de 25% em relação ao 3T22.

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Segundo Paulo Moll, 2024 vai ser um ano de recomposições, com a expectativa de normalização da sinistralidade das operadoras.

“O mercado está preocupado em buscar rentabilidade, se equilibrar, com isso imaginamos que teremos melhoria ao longo de 2024. E teremos cenários mais positivos com o equilíbrio maior dentro das operadoras”, afirmou.

Após a divulgação dos resultados, as ações de Rede D’Or recuam 0,49%, por volta das 14h30, cotadas a R$ 24,51. Em novembro, porém, as ações acumulam alta de 13,3%; no ano, caem 16,5%.

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Novos mercados de Rede D’or (RDOR3)

No mais, a companhia destacou que dará continuidade ao projeto de entrar em novos mercados que não são bem servidos em saúde. Paulo Moll acredita que terá facilidade de fazer ramp up nestes locais.

Questionado sobre os 300 leitos a menos registrados neste trimestre, o CEO explicou que eles estavam concentrados principalmente em quatro hospitais.

Ele estacou que eram volumes importantes, mas não houve diminuição da capacidade total de leitos da empresa, já que há o efeito de abertura de leitos em outras unidades.

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A posição conservadora da companhia é de abrir 80 leitos por ano, com mais de 70% de ocupação.

Sinistralidade alta em SulAmérica

O índice de sinistralidade da SulAmérica ficou em 86,1% no 3T23, queda de 1,2 pp na base anual, mas de -0,2 pp sobre o 2T23. A companhia reconhece que este ainda é um índice elevado, mas está otimista com uma melhora em um curto prazo.

“Ainda estamos em um patamar que consideramos alto, mas temos expectativa de melhora progressiva ao longo de 2024”, afirmou Paulo Moll.

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Segundo Raquel Reis, CEO de Saúde e Odonto da SulAmérica, nos próximos 18 meses a sinistralidade estará mais normalizada e mais próxima do cenário pré-pandemia.

“Mas, após a pandemia, ainda não tivemos um sentimento de um 4T normalizado de fato. Isso é fruto de várias alavancas, como reajustes de preços, gestão de sinistro e criatividade no lançamento de produtos”, destaca ela.

Raquel destaca que a oportunidades de renegociações ainda existem e seguem em curso. Ela diz que há diversas linhas de renegociação de parceiros em andamento.

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“Perseguimos sempre um alinhamento de interesses para ser sustentável a todos os entes da cadeia”, reforçou.

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